O ministro da Defesa argumenta que a decisão da continuação ou não de tropas no Iraque terá de ser equacionada "dentro de um par de semanas", já que a ação de formação foi interrompida na sequência do ataque ao general iraniano Soleimani.
Em entrevista ao jornal Público e rádio Renascença, o ministro da Defesa diz não haver um prazo fixo para a decisão de fazer ou não regressar as tropas portuguesas. Os 35 homens enviados em novembro para a formação do exército iraquiano estão parados desde o início de janeiro, quando se deu o raide norte-americano que matou o general iraniano Qassem Soleimani.
O ministro da Defesa diz que até meados de fevereiro deverá ser tomada uma decisão. “Não quero dar uma data precisa porque é difícil aquilatar o que pode acontecer no plano político, mas dentro de duas semanas teremos de tomar uma decisão”, considerando que está em causa a utilidade do contingente.
Já o contingente na República Centro-Africana deverá continuar no terreno. “É um desafio complexo e que este ano é difícil porque há eleições no final do ano e há a expetativa de aumento de tensão. A nossa força de reação rápida é fundamental para que a MINUSCA [Missão Multidimensional Integrada das Nações Unidas para a Estabilização da República Centro-Africana] possa desempenhar o seu papel. Portanto, vamos manter o que temos na República Centro-Africana”, conclui Gomes Cravinho.