Saída das tropas portuguesas no Iraque decidida dentro de poucas semanas

por RTP
Tropas iraquianas vigiam ação de protesto Arquivo Reuters

O ministro da Defesa argumenta que a decisão da continuação ou não de tropas no Iraque terá de ser equacionada "dentro de um par de semanas", já que a ação de formação foi interrompida na sequência do ataque ao general iraniano Soleimani.

Em entrevista ao jornal Público e rádio Renascença, o ministro da Defesa diz não haver um prazo fixo para a decisão de fazer ou não regressar as tropas portuguesas. Os 35 homens enviados em novembro para a formação do exército iraquiano estão parados desde o início de janeiro, quando se deu o raide norte-americano que matou o general iraniano Qassem Soleimani.

“(…) Dentro de um par de semanas teremos de tomar uma decisão, que será baseada na retoma da ação de formação. Se não houver perspetiva de retoma e como este contingente foi em novembro e tem regresso para maio, não podem ficar dois ou três meses sem fazer nada”, refere João Gomes Cravinho.

O ministro da Defesa diz que até meados de fevereiro deverá ser tomada uma decisão. “Não quero dar uma data precisa porque é difícil aquilatar o que pode acontecer no plano político, mas dentro de duas semanas teremos de tomar uma decisão”, considerando que está em causa a utilidade do contingente.

Já o contingente na República Centro-Africana deverá continuar no terreno. “É um desafio complexo e que este ano é difícil porque há eleições no final do ano e há a expetativa de aumento de tensão. A nossa força de reação rápida é fundamental para que a MINUSCA [Missão Multidimensional Integrada das Nações Unidas para a Estabilização da República Centro-Africana] possa desempenhar o seu papel. Portanto, vamos manter o que temos na República Centro-Africana”, conclui Gomes Cravinho.
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