Secretário deTransportes de São Paulo detido em investigação de corrupção

por Lusa

O atual secretário de Transportes do estado brasileiro de São Paulo, Alexandre Baldy, foi detido hoje acusado de participar num esquema de fraudes em contratos da área da saúde, anunciou a Polícia Federal do Brasil.

A detenção aconteceu no âmbito da Operação Dardanários, que tem como objetivo desarticular um suposto conluio entre empresários e agentes públicos, que tinha por finalidade realizar contratações dirigidas em licitações, especialmente na área da saúde.

A Polícia Federal esclareceu que a investigação não está relacionada com as atividades de Baldy no Governo de São Paulo ou à gestão da crise de saúde causada pela pandemia do novo coronavírus, mas remonta a eventos ocorridos em 2013.

Baldy foi ministro das Cidades entre 2017 e 2018, durante o mandato do então Presidente Michel Temer (2016-2018) e foi Secretário de Indústria e Comércio do estado de Goiás.

Segundo os investigadores, o secretário usou a sua influência para estabelecer contratos com empresas privadas da área da saúde firmados pelo governo de Goiás e do Rio de Janeiro, onde também operava a mesma rede de corrupção.

As autoridades divulgaram que outras duas pessoas também foram detidas: Guilherme Franco Netto, pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz, reputada instituição científica do estado do Rio de Janeiro, e outra pessoa cuja identidade e as atividades não foram divulgadas.

A Polícia Federal anunciou que, no caso dessa terceira pessoa, foram apreendidos 90 mil reais (14,2 mil euros), que estavam guardados em dois cofres da sua residência, localizada numa das áreas mais ricas de Brasília.

Numa nota divulgada após a operação, o governador de São Paulo, João Doria, esclareceu que "os factos que levaram às acusações contra Alexandre Baldy não estão relacionados com o atual governo" e expressou a sua convicção de que o secretário saberá esclarecer estas acusações.

Já a polícia brasileira divulgou que cumpre seis mandados de prisão e 11 de busca e apreensão, nas cidades de Petrópolis, São Paulo, São José do Rio Preto, Goiânia e Brasília.

Os mandados judicias foram expedidos pela 7.ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro.

Esta operação foi um desdobramento das investigações das operações Fatura Exposta, Calicute e SOS, levadas a cabo pela Polícia Federal, em conjunto com o Ministério Público Federal.

Tópicos
pub