Os advogados da família de Jacob Blake, o afroamericano de 29 anos que no domingo foi baleado pela polícia em Kenosha, afirmam que "será necessário um milagre para ele voltar a andar". Pela terceira noite consecutiva, o estado norte-americano de Wisconsin voltou a ser palco de protestos contra o racismo.
“A família acredita em milagres, mas o diagnóstico médico é que ele está paralisado e, como as balas atravessaram a medula espinal e estilhaçaram algumas vértebras, será necessário um milagre para que Jacob Blake volte a andar”, afirmou Bem Crump numa conferência de imprensa.
Além dos danos na medula espinal, Blake ficou com perfurações no estomago, danos nos rins e fígado, e ferimentos num braço. A maior parte do cólon e intestino delgado tiveram de ser removidos, acrescentou o advogado.
Na mesma conferência de imprensa, Julia Jackson, mãe de Jacob Blake, afirmou que o seu filho “está a lutar pela vida”.
O tiroteio ocorre numa altura em que os Estados Unidos lutam contra o tratamento dado aos afroamericanos pela polícia, bem como questões mais amplas sobre o racismo na sociedade. Os protestos, em maio, começaram depois da morte em Minneapolis de George Floyd.
Protestos regressam às ruas. Dois morto confirmados pela polícia
Na noite de terça-feira, os protestos regressaram a Estado de Wisconsin, centenas de pessoas voltaram a desrespeitar o recolher obrigatório.
Os manifestantes atiraram garrafas e outros objetos contra a polícia que respondeu com gás lacrimogéneo.
Duas pessoas morreram vítimas de disparos na madrugada de hoje na cidade norte-americana de Kenosha, no terceiro dia consecutivo de protestos.
"Os tiros provocaram a morte a duas pessoas e uma terceira pessoa está hospitalizada com ferimentos graves, mas que não colocam a sua vida em perigo", anunciou a polícia de Kenosha no Twitter.
Os distúrbios ocorreram horas depois de o Governador Tony Evers ter declarado estado de emergência. "Os tiros provocaram a morte a duas pessoas e uma terceira pessoa está hospitalizada com ferimentos graves, mas que não colocam a sua vida em perigo", anunciou a polícia de Kenosha no Twitter.
Os protestos espalharam-se por várias cidades norte-americanas, incluindo Portland, Oregon, Minneapolis e Minesota.
Já o presidente da câmara de Kenosha garante que vai ser realizada uma investigação imparcial.
Mas o pai de Blake já afirmou que não acredita na investigação.
“Qualquer um que seja branco, que esteja a fazer uma investigação sobre um jovem negro que levou sete tiros nas costas e ainda não deu uma resposta ou um comentário neste momento, não e bem-vindo”, afirmou.
O pai, que também se chama Jacob Blake e que viajou desde Charlotte, no estado da Carolina do Norte, até Kenosha para acompanhar o seu filho.
“Qualquer um que seja branco, que esteja a fazer uma investigação sobre um jovem negro que levou sete tiros nas costas e ainda não deu uma resposta ou um comentário neste momento, não e bem-vindo”, afirmou.
O pai, que também se chama Jacob Blake e que viajou desde Charlotte, no estado da Carolina do Norte, até Kenosha para acompanhar o seu filho.