Serra Leoa sepulta centenas de vítimas de deslizamento

por RTP
Afolabi Sotunde - Reuters

As cerimónias estão a decorrer nos arredores de Freetown. Estão confirmadas 400 mortes depois do deslizamento de terras que abalou a capital serra-leonesa no início da semana. O Presidente Ernest Bai Koroma reúne-se esta quinta-feira com os líderes cristão e muçulmano no local para homenagear as vítimas.

As casas mortuárias estão no limite da capacidade. Entre as vítimas há 105 crianças. Cerca de três mil pessoas perderam as suas casas.
A Serra Leoa começou na quarta-feira uma semana de luto.

Para prevenir o aparecimento de doenças contagiosas, o chefe patologista de Freetown, Simeon Owizz Koroma, afirmou que os enterros já começaram para aqueles que foram identificados pelas respetivas famílias.

Os corpos das vítimas foram levados para o cemitério de Waterloo, conhecido como o cemitério do Ébola, depois da epidemia que atacou a região em 2014 e matou aproximadamente quatro mil pessoas.

Segundo Koroma, “o número de corpos reconhecidos chega aos 350, mas ainda estamos à espera de mais durante os próximos dois meses. Eu acredito que muitas pessoas ficaram enterradas debaixo dos prédios que colapsaram”.

Várias famílias juntaram-se à porta das casas mortuárias na esperança de conseguirem identificar próximos.

O Presidente Koroma visitou a área afetada e afirmou que “comunidades inteiras desapareceram”. “Precisamos de apoio urgentemente”, acentuou.
Apoio europeu a caminho
A União Europeia prometeu enviar 300 mil euros e Carlos Martin Ruiz De Gordejuela, porta-voz da Comissão Europeia para assuntos humanitários, afirmou que o dinheiro será entregue a organismos envolvidos na assistência às vítimas do deslizamento de terras.

Já a Cruz Vermelha está a ajudar na procura de sobreviventes entre os escombros, com o apoio de escavadoras e ferramentas improvisadas.
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