Serviços de Saúde de Macau suspendem licença de clínica Maló por seis meses

por Lusa

A clínica Maló em Macau foi encerrada por seis meses devido à prática ilegal de procriação médica assistida, tráfico e contrabando de medicamentos de oncologia e falta de condições de higiene e segurança, informaram hoje os Serviços de Saúde.

A suspensão da licença na sequência de "irregularidades graves" foi avançada pela emissora pública TDM, que informou também que a clínica comunicou através das redes sociais que estava fechada para efeitos de remodelação.

Numa nota enviada posteriormente aos jornalistas, os Serviços de Saúde informaram que "o Hospital Taivex/Malo está suspenso até 21 de maio de 2018 devido à prática de procriação medicamente assistida, tráfico e contrabando de medicamentos de oncologia, falta de condições de higiene e segurança para a prestação de cuidados de saúde".

As instalações foram encerradas na quinta-feira, tendo sido aplicadas duas multas, uma no valor de 103.000 patacas (10.745 euros) a quatro médicos e um enfermeiro, e outra de 76.000 patacas (7.929 euros) à clínica por técnicas ilegais de procriação medicamente assistida e prestação de serviços de oncologia, sem autorização dos Serviços de Saúde.

"A licença de um médico foi suspensa por um período de 90 dias. Não houve nenhuma vítima resultante desta situação, no entanto não está excluída a possibilidade de uma sanção penal já que o caso foi remetido ao Ministério Público para acompanhamento", referiu o comunicado dos Serviços de Saúde.

A investigação à clínica fundada em Macau por Paulo Maló foi desencadeada após denúncias recebidas pelos Serviços de Saúde em 2016 e já em junho deste ano, sobre a "prática ilegal de serviços de oncologia, técnicas de procriação medicamente assistida, tráfico e contrabando de medicamentos destinados ao tratamento oncológico no interior da China, efetuadas, alegadamente, pelo Hospital de Dia "TaivexMalo", acrescentou. Foi também detetada uma página de Internet que publicitava no interior da China "a prestação de serviços de procriação medicamente assistida no Hospital "TaivexMalo"".

"Após a audiência dos médicos envolvidos, dos profissionais de saúde e do responsável deste hospital de dia, foram recolhidas provas suficientes de que esta unidade realizou técnicas de procriação medicamente assistida e prestou serviços de oncologia, sem autorização dos Serviços de Saúde", indicou.

Depois de efetuadas melhorias, e de uma inspeção pelos Serviços de Saúde, a clínica pode requerer o termo da suspensão da licença.

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