Silvina Batakis é a nova ministra da Economia da Argentina

por Lusa
Silvina Batakis é a nova ministra da Economia da Argentina D.R.

Silvina Batakis, até agora, secretária das Províncias do Ministério do Interior, vai liderar a pasta da Economia da Argentina, substituindo Martín Guzmán, que se demitiu no sábado, anunciaram as autoridades.

"O presidente Alberto Fernández nomeou Silvina Batakis para liderar o Ministério da Economia. Batakis é uma reconhecida economista que cumpriu essa função na província de Buenos Aires entre 2011 e 2015", escreveu a porta-voz da presidência, Gabriela Cerruti, na rede social Twitter.

Licenciada em Economia e mestre em Finanças Públicas Provinciais e ainda em Economia Ambiental, Batakis era secretária das Províncias, no Ministério do Interior, tendo exercido ainda o cargo de ministra da Economia da província de Buenos Aires entre 2011 e 2015.

A nomeação ocorre após as intensas conversações na residência presidencial, incluindo uma conversa telefónica na noite de domingo com a vice-presidente argentina, Cristina Kirchner.

Martín Guzmán renunciou ao cargo depois de meses de pressão da própria coligação de governo, contrária à sua política económica, e pelo caos numa economia asfixiada pelo défice fiscal e pela inflação galopante.

A renúncia chegou através de uma extensa carta de sete páginas publicada nas redes sociais na qual afirma não ter apoio no próprio governo para a aplicação dos seus conceitos económicos e por falta de margem para tomar decisões.

Durante a gestão de Guzmán de dois anos e meio, iniciada em 10 de dezembro de 2019, o ministro reestruturou a dívida pública com credores privados externos e com o Fundo Monetário Internacional. No entanto, embora o país não tenha compromissos com a dívida externa pelos próximos anos, o défice fiscal não diminuiu e a taxa de risco-país manteve-se em 2.500 pontos-base, um nível que indica risco iminente de incumprimento.

A falta de um plano económico para combater o défice fiscal e a inflação galopante que o mercado projeta entre 80% e 100% em 2002 foi agravada pelo "fogo amigo" da coligação de Governo. A vice-Presidente critica aberta e diariamente a política económica, desgastando o ministro e a própria gestão do Presidente, Alberto Fernández.

 

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