Soldado dos EUA admite propaganda na net para fabrico de armas

por RTP
Jim Urquhart, Reuters

Jarrett William Smith declarou ser culpado pela partilha de manuais instrutivos sobre a construção de engenhos explosivos nas redes sociais. O depoimento surge na sequência de um acordo feito com o FBI.

Em setembro do ano passado, Smith foi detido enquanto se encontrava ao serviço das Forças Armadas Americanas.

O soldado, para além de ser acusado de divulgar informações sobre o fabrico de armas enfrentava também outra acusação referente às suas alegadas ligações a várias organizações e grupos neonazis. Entre elas estavam a Feuekrieg, a Atomwaffen e a Misantropica.

Uma terceira acusação, de ameaçar incendiar a casa de um membro da "Antifa", da esquerda, em Michigan, acabou por ser arquivada, dada a colaboração de Smith com o FBI.

As duas acusações pelas quais Smith admitiu ser culpado têm uma pena máxima de 20 anos de prisão e uma multa de 250 mil dólares. Contudo, a sua sentença só será conhecida a 18 de Maio.

O procurador-adjunto dos Estados Unidos, Anthony Mattivi, revelou que o soldado pretendia derrubar o governo americano, através de um ataque à emissora televisiva CNN, no qual iria usar explosivos num carro-bomba.

O FBI fez também saber que durante uma operação secreta, um agente perguntou ao soldado se existia alguém para alvejar por "incêndio, destruição e morte" ao qual ele respondeu: “Beto O'Rourke”, empresário e político norte-americano.

"Não conheço pessoas suficientes que sejam suficientemente relevantes para causarem uma mudança se morrerem", acrescentou o soldado, sobre a eventual morte do empresário.

Smith revelou ainda que o intuito das suas ações era o de causar caos na sociedade.
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