Uma sonda espacial chinesa pousou na Lua para recolher material da superfície e regressar depois à Terra, na primeira missão deste género desde os anos 1970, anunciou a Administração Espacial Nacional da China.
A mesmo fonte publicou imagens do terreno árido no local de pouso, onde a sombra da sonda pode ser vista.
This video broadcast by China’s state-run CCTV network appears to show Chang’e 5’s landing on the moon.
— Spaceflight Now (@SpaceflightNow) December 1, 2020
Landing was expected to occur at 10:13am EST (1513 GMT). We’re standing by for further information from China.https://t.co/8AYSFU3dXE pic.twitter.com/SkFcIIUx0e
O módulo foi lançado em 24 de novembro, a partir da ilha tropical de Hainan, no extremo sul do país.
Trata-se do mais recente empreendimento do programa espacial chinês, que enviou o seu primeiro astronauta ao espaço em 2003 e que tem uma nave a caminho de Marte. O programa visa, eventualmente, colocar um humano na Lua.
Os planos preveem que a sonda precisará de cerca de dois dias para perfurar a superfície lunar e recolher dois quilos de rochas e detritos. A amostra será colocada em órbita e transferida para uma cápsula que vai regressar à Terra, pousando nas pastagens da região da Mongólia Interior em meados deste mês.
Caso tenha sucesso, será a primeira vez que cientistas obtêm novas amostras de rochas lunares desde que uma sonda soviética aterrou na Lua, na década de 1970.
Espera-se que as amostras sejam disponibilizadas a cientistas de outros países, embora não seja claro quanto acesso a agência norte-americana NASA terá, face às rígidas restrições impostas pelo Governo dos Estados Unidos na cooperação espacial com a China.
A partir das rochas e destroços, os cientistas esperam aprender mais sobre a Lua, incluindo a sua idade precisa, bem como aumentar o conhecimento sobre outros corpos celestes do nosso sistema solar.