Sondagens consolidam Moon Jae-in como favorito à presidência da Coreia do Sul

por Lusa

O liberal Moon Jae-in ampliou a sua vantagem nas sondagens e consolida-se como o candidato favorito às eleições presidenciais na Coreia do Sul, que se realizam dentro de duas semanas, indicam dados divulgados hoje.

Moon Jae-in, do Partido Democrático, conta com entre 37 e 39% das intenções de voto para as presidenciais de 09 de maio, o que reflete uma subida de entre um e três pontos percentuais nas últimas duas semanas, segundo as mais recentes sondagens, cujos resultados são citados hoje pela imprensa sul-coreana.

Os dados indicam que Moon Jae-in, que perdeu as presidenciais de 2012 contra Park Geun-hye, ampliou a vantagem frente ao seu principal rival, o candidato do Partido Popular (de centro-esquerda), Ahn Cheol-soo, o qual caiu cerca de quatro pontos nos últimos 15 dias, para a faixa de entre 26 e 30% nas intenções de voto.

Hong Joon-pyo, que pertence ao conservador Partido da Liberdade, da Presidente destituída, Park Geun-hye, surge em terceiro lugar, mas a larga distância dos dois primeiros candidatos, com menos de 10% das intenções de voto, de acordo com as sondagens.

No total, 15 políticos registaram-se oficialmente como candidatos à presidência - o que supera o recorde de 12 nas presidenciais de dezembro de 2007 - e participam na campanha eleitoral, que arrancou na semana passada e termina na véspera da votação.

Esta é a primeira vez que se realizam presidenciais antecipadas na Coreia do Sul desde que a junta militar do general Chun Doo-hwan autorizou a realização de eleições democráticas em dezembro de 1987, o que sucedeu depois de Park Geun-hye se ter tornado na primeira chefe de Estado a ser destituída em democracia.

Em prisão preventiva desde 31 de março, Park vai começar a ser julgada a 02 de maio, por acusações que incluem abuso de poder, corrupção e revelação de segredos de Estado.

A acusação considerou provado que Park criou, com a sua amiga de longa data Choi Soon-sil, conhecida como "Rasputina", uma rede através da qual pediu e obteve subornos de pelo menos três empresas -- Samsung, Lotte e SK -- no valor de cerca de 59.200 milhões de won (cerca de 48 milhões de euros).

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