Supremo brasileiro levanta medidas de vigilância de ex-ativista Cesare Battisti

por Lusa

Brasília, 25 abr (Lusa) - O Supremo Tribunal brasileiro levantou as medidas de vigilância impostas a Cesare Battisti, ex-ativista italiano de extrema esquerda, condenado a prisão perpétua por homicídio em Itália.

Na terça-feira, o Supremo levantou a obrigatoriedade de Battisti usar uma pulseira eletrónica e de se apresentar mensalmente às autoridades brasileiras.

O ex-ativista italiano recebeu ainda permissão para deixar a área de residência, sem autorização prévia das autoridades.

A decisão surgiu na sequência de um recurso para aguardar o julgamento em liberdade (`habeas corpus`), apresentado pela defesa de Battisti, em que o Tribunal aceitou.

Em dezembro, o italiano foi constituído arguido pela justiça brasileira, acusado do crime de evasão de divisas ao tentar deixar o país com cerca de 6,4 mil euros sem declarar à polícia na fronteira, em outubro do ano passado.

O cidadão italiano foi condenado na Itália à pena de prisão perpétua por terrorismo, depois de acusado do homicídio de quatro pessoas nos anos 1970.

Cesare Battisti chegou ao Brasil em 2004, onde foi preso três anos depois.

Um pedido de extradição chegou a ser feito pelo Governo italiano, mas o ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu, em dezembro de 2010, que o ex-ativista podia ficar no Brasil.

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