Os taliban já reivindicaram o atentado suicida desta segunda-feira com um carro armadilhado no oeste de Cabul. Pelo menos 35 pessoas morreram e 42 ficaram feridas. De acordo a guerrilha islamita, o ataque foi dirigido a membros dos serviços secretos.
O objetivo era atingir um autocarro que transportava funcionários dos serviços secretos afegãos. Entretanto, os taliban reivindicaram o atentado - um de vários que tiveram lugar na capital afegã desde o início deste ano e foram atribuídos a este grupo ou ao autoproclamado Estado Islâmico.
O porta-voz Mohammad Mohaqiq, vice-chefe executivo do Governo afegão, citado pela BBC, disse que o objetivo dos responsáveis era atacar a residência do ministro, mas "foram travados por guardas".
At least 24 people killed after suicide car bombing in Afghan capital Kabul, officials tell BBC https://t.co/mFr9QNpzXk pic.twitter.com/jw7QsaSoOB
— BBC News (World) (@BBCWorld) 24 de julho de 2017
Segundo os últimos dados das Nações Unidas, pelo menos 1.662 civis perderam a vida na primeira metade deste ano em atentados deste género no Afeganistão, dos quais 20 por cento correram na capital.
Desde janeiro de 2009, quando a ONU começou a contabilizar as vítimas civis do conflito afegão, foram registados 26.500 mortos e 49 mil feridos.
Recorde-se que no dia 31 de maio uma enorme explosão no centro de Cabul provocou mais de 150 mortos, naquele que foi o ataque mais mortífero no país desde a invasão norte-americana de 2001, que levou ao derrube do regime taliban.
Já no mês passado pelo menos 34 pessoas morreram e 58 ficaram feridas quando um carro armadilhado foi detonado à porta de um banco na província de Helmand, no sul do Afeganistão.
Segundo a BBC, neste momento, o Governo dos Estados Unidos está a analisar a possibilidade de reforçar o número de tropas que estão no país a dar apoio à polícia e ao Exército afegãos.