Teresa de Sousa aponta "imagem de desgoverno" dada por declarações de Dijsselbloem

por Sandra Henriques

Foto: Martijn Beekman, EPA

A comentadora da Antena1 de assuntos internacionais Teresa de Sousa afirma que as declarações do presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, conseguiram “dar uma imagem de desgoverno, que é a pior coisa que podia acontecer neste momento”.

Teresa de Sousa refere que as ideias que Dijsselbloem apresentou existem e “há uma posição alemã muito forte nesse sentido que se baseia numa estabilidade no sistema financeiro” para preconizarem que a fórmula encontrada para o Chipre pode servir de modelo a futuros resgates.

“O problema é que não estão criados na zona euro os mecanismos necessários para que essa solução possa ser aplicada”, nomeadamente a união bancária, com supervisão única, e a garantia dos depósitos única dos contribuintes e investidores europeus. A Alemanha “empurrou estas condições” no tempo, fazendo com que só existam a partir de 2014.

Em declarações à jornalista Maria de São José, Teresa de Sousa frisa que “toda esta situação criada pelo presidente do Eurogrupo pela vontade alemã de transformar este modelo num modelo efetivo pode criar situações de enorme gravidade na Europa” e o sinal mais preocupante é de que pode afetar a situação na Itália.

A Itália foi esta manhã ao mercado vender dívida, mas houve uma procura menor do que o previsto, o que é entendido como uma penalização aos países periféricos por causa da situação do Chipre.

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