Teste de Pyongyang foi realizado com míssil balístico intercontinental

por RTP
KCNA

A Coreia do Norte realizou um novo teste com um míssil intercontinental, o segundo em escassas semanas, o que reforça os temores de uma capacidade militar não esperada do regime de Pyongyang. A meio da tarde (hora portuguesa) várias fontes confirmavam o lançamento de um míssil balístico que cruzou os ares até cair nas águas da zona económica exclusiva do Japão, que desde logo reagiu com preocupação. Agora, confirma-se ser um míssil balístico intercontinental.

Os Estados Unidos anunciaram a meio da tarde que os seus equipamentos detectaram o lançamento de um míssil balístico norte-coreano. Uma comunicação do Pentágono, com o porta-voz a “confirmar que foi detectado o lançamento” a partir da Coreia do Norte.

“Estamos a avaliar a situação e daremos mais informações em breve”, acrescentava então o capitão Jeff Davis, que apontou o lançamento à volta das 10:45 (14:45 GMT). Um par de horas depois, a novidade é que se trata de um míssil balístico intercontinental (ICBM - intercontinental ballistic missile, na sigla inglesa, a mais utilizada).

“A nossa expectativa é de que se tratava de um míssil balístico intercontinental, o que agora podemos confirmar”, referiu Jeff Davis, explicando que o projéctil “foi lançado de Mupyong-ni e voou cerca de mil quilómetros antes de cair nas águas do Mar do Japão”.

O teste desta sexta-feira cria preocupações suplementares na região e no mundo ocidental por se tratar de um novo lançamento apenas semanas após o sucesso registado por Pyongyang com um primeiro ICBM, o que revela um crescimento da capacidade militar dos norte-coreanos que não estava dentro das expectativas da comunidade internacional.

Outras informações apontavam já para que um voo do míssil de 45 minutos antes de cair no mar, na zona económica exclusiva do Japão, sem provocar danos. Era também esta a convicção do primeiro-ministro japonês Shinzo Abe, cujo gabinete tem estado a acompanhar esta situação de crise.

Abe acrescentou a convocação de uma reunião do Conselho Nacional de Segurança, sublinhando que tudo será feito para garantir a segurança dos seus cidadãos.

O executivo japonês considera a iniciativa norte-coreana como uma violação clara das resoluções das Nações Unidas, acrescentando que Tóquio não tolerará as repetidas provocações dos “vizinhos” norte-coreanos.

O lançamento também foi assinalado pela agência de notícias sul-coreana Yonhap, precisando que este ocorreu na região Leste da Coreia do Norte, desde a província Jangang, a Norte, às 23:41 (14:41 GMT).

Desde logo, a Yonhap afirmou que este era um teste com outro ICBM, uma classe superior à usada no lançamento de 4 de Julho. De acordo com a agência sul-coreana, o míssil catingiu os 3700 km de altura no seu trajecto de 1000 km.
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