Theresa May pede união nacional no Reino Unido

por Mário Aleixo - RTP
Theresa May insiste num consenso entre os britânicos Epa-Facundo Arrizabalaga

A primeira-ministra britânica pede às forças políticas da oposição do Reino Unido que se concentrem nos interesses do país e não nos interesses individuais.

Depois de ter sobrevivido, por 19 votos, à moção de censura apresentada pelo Partido Trabalhista Theresa May falou individualmente com os líderes dos partidos políticos e acordou que vão começar esta quinta-feira as negociações para tentar encontrar um acordo de saída do Reino Unido da União Europeia que possa ser aprovado no Parlamento.

Theresa May quer alcançar um consenso quanto aos próximos passos a dar e disse que a porta continua aberta para os trabalhistas.

O Partido Trabalhista, o maior partido da oposição, está fora destas negociações...

O líder Jermey Corbin já disse que não vale a pena conversar enquanto o governo de Theresa May não descartar a possibilidade de uma saída da União Europeia, sem acordo.

Declarações da primeira-ministra britânica na residência oficial. Theresa May insiste na participação dos Trabalhistas nas negociações para um acordo que leve o Reino Unido a sair da União Europeia de uma forma ordenada e sem provocar o caos.



Imediatamente depois da votação do Parlamento, que chumbou por 325 votos contra 306 a primeira moção de censura apresentada contra um governo britânico nos últimos 26 anos, a primeira-ministra declarou que vai “continuar o trabalho” para pôr em prática o resultado do referendo de junho de 2016, no qual os cidadãos britânicos se pronunciaram a favor (52%) de abandonar a União Europeia.

A primeira-ministra e líder do Partido Conservador disse que vai encarar as reuniões com os seus adversários políticos com “um espírito construtivo”, tendo-os instado a fazer o mesmo.

Apesar de ter sobrevivido à moção de censura, o governo de May enfrenta agora a dura tarefa de tentar encontrar uma solução para o impasse do "Brexit".

A primeira-ministra tem até segunda-feira para apresentar um “plano B”, um novo plano para a saída do país do bloco comunitário, depois de o acordo que alcançou com Bruxelas ter sido rejeitado de forma esmagadora pela Câmara dos Comuns na terça-feira.

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