Tiroteio na Cisjordânia provoca sete feridos, entre os quais mulher grávida

por RTP
O ataque foi realizado a partir de um veículo palestiniano em movimento e dirigido a civis israelitas Ammar Awad - Reuters

Sete pessoas ficaram feridas num tiroteio na localidade de Ofra, a norte da Cisjordânia, na noite de domingo. Entre os feridos encontra-se uma mulher grávida de 21 anos, em estado grave. As autoridades continuam à procura dos responsáveis, que fugiram no veículo a partir do qual dispararam as armas.

A mulher grávida, levada para um hospital de Jerusalém, sofreu ferimentos graves na parte superior do corpo e os médicos tiveram de induzir o parto. Durante a noite a sua condição estabilizou, mas esta segunda-feira foi anunciado que o bebé, prematuro, se encontra em estado crítico.

As restantes vítimas foram quatro jovens de 16 anos, com ferimentos ligeiros, um homem de 21 anos e outro de 22, ambos com ferimentos moderados. Todos foram levados para hospitais em Jerusalém.

As Forças de Defesa de Israel (FDI) declararam que o ataque foi realizado a partir de um veículo palestiniano em movimento e dirigido a civis israelitas que se encontravam numa paragem de autocarros à entrada de Ofra.


Militares que se encontravam no local chegaram a disparar sobre o veículo, mas ainda assim este seguiu pela estrada mais próxima e desapareceu.

De acordo com as FDI, os responsáveis estão a ser procurados na vila de Silwad e noutras localidades próximas, tendo os militares revistado casas e recolhido imagens de câmaras de segurança.
“Absolutamente repugnante”
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, já lamentou o sucedido. “Todos estamos a rezar pelo bem-estar da jovem mulher que está a lutar pela sua vida e cujo bebé foi salvo, e desejamos também a rápida recuperação de todos os feridos”, declarou.

“Não descansaremos até que estes assassinos criminosos sejam encontrados e levados à justiça”, acrescentou.

O grupo palestiniano Hamas aplaudiu o ataque. “Apesar de todas as tentativas para erradicar a resistência à ocupação, a ação de domingo à noite prova que o princípio da resistência ainda está vivo”, afirmou o grupo.

Já Jason Greenblatt, representante dos Estados Unidos no processo de paz no Médio Oriente, definiu o ataque como “absolutamente repugnante” e criticou as Nações Unidas por, na passada quinta-feira, não terem aprovado a resolução dos EUA que pedia a condenação do Hamas.


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