Tribunal da Bulgária condena a prisão perpétua dois homens por atentado de 2012

por Lusa

A Justiça búlgara condenou hoje a prisão perpétua, à revelia, dois cidadãos libaneses acusados de envolvimento num atentando em 2012 contra um autocarro que transportava turistas israelitas e que fez sete mortos.

"O tribunal condenou-os a prisão perpétua sem possibilidade de libertação condicional", declarou a juíza Adelina Ivanova do Tribunal de Sofia especializado em crimes de terrorismo.

Trata-se da sentença mais pesada do código penal da Bulgária.

Os vários factos em julgamentos estão "ligados aos dois acusados e à organização terrorista xiita Hezbollah", disse a procuradora Evgenia Chtarkelova durante o processo. 

Os elementos recolhidos pelo inquérito deste processo convenceram a União Europeia, em 2013, a integrar o Hezbollah na lista negra das organizações terroristas. 

No dia 18 de julho de 2012, cinco turistas israelitas foram vítimas da explosão de uma bomba colocada no autocarro em que seguiam perto do aeroporto de Bourgas, no Mar Negro, em que morreu o motorista búlgaro assim como o terrorista que transportava a bomba.

De acordo com as investigações, tratava-se de um cidadão franco-libanês de 23 anos identificado após testes de ADN.

No atentado 38 pessoas ficaram feridas.

Os dois cúmplices do bombista agora condenados - Meliad Ferah e Hassan el Hajj Hassan - conseguiram abandonar a Bulgária e nunca foram localizados apesar dos esforços de cooperação internacional entre forças policias e judiciais. 

Meliad Ferah, 31 anos no momento do atentado, foi considerado culpado de ter recolhido as peças necessárias para fabricar a bomba artesanal.

Hassan el Hajj Hassan, 24 anos em 2012, terá arrendado os alojamentos e viaturas necessárias para o projeto terrorista.

 

 

 

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