Segundo Der Spiegel, que cita fontes das três instituições, já se admite abertamente que as metas referidas até aqui são ilusórias, devido ao descalabro da economia.
O excedente primário - ou seja, antes de pagamento de juros -, que até aqui se pretendia atingisse 1 por cento do PIB em 2015 é uma das metas irrealistas. As fontes citadas por Der Spiegel já não contam com qualquer excedente primário.
Para o próximo ano, havia uma meta de 2 por cento de excedente primário e conta-se agora com 1 por cento apenas. Para 2017, o excedente primário também será certamente inferior aos 3 por cento pretendidos até aqui. E, sobre os 3,5 por cento esperados para 2018, nada se diz por enquanto.
Como a revisão das metas orçamentais torna evidente a impossibilidade de a Grécia voltar a cumprir com os pagamentos agendados ao FMI, ela vem confirmar as dúvidas que o mesmo FMI tinha manifestado recentemente sobre a necessidade de uma reestruturação que inclua um perdão substancial da dívida grega.