Troika recua nas exigências de austeridade à Grécia

por RTP
emo Casilli, Reuter

Obtida que foi a votação do pacote de medidas exigido à Grécia, a União Europeia (UE), o Banco Central Europeu (BCE) e o Fundo Monetário Internacional (FMI) ponderam agora com carácter de urgência quais deverão ser as verdadeiras metas do Orçamento de Estado grego.

Segundo Der Spiegel, que cita fontes das três instituições, já se admite abertamente que as metas referidas até aqui são ilusórias, devido ao descalabro da economia.

O excedente primário - ou seja, antes de pagamento de juros -, que até aqui se pretendia atingisse 1 por cento do PIB em 2015 é uma das metas irrealistas. As fontes citadas por Der Spiegel já não contam com qualquer excedente primário.

Para o próximo ano, havia uma meta de 2 por cento de excedente primário e conta-se agora com 1 por cento apenas. Para 2017, o excedente primário também será certamente inferior aos 3 por cento pretendidos até aqui. E, sobre os 3,5 por cento esperados para 2018, nada se diz por enquanto.

Como a revisão das metas orçamentais torna evidente a impossibilidade de a Grécia voltar a cumprir com os pagamentos agendados ao FMI, ela vem confirmar as dúvidas que o mesmo FMI tinha manifestado recentemente sobre a necessidade de uma reestruturação que inclua um perdão substancial da dívida grega.
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