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Trump avança com tarifas aduaneiras para importações de aço e alumínio

por RTP
Reuters

O Presidente dos Estados Unidos assinou os documentos relativos à aplicação de taxas de 25% para as importações de aço e 10 por cento para o alumínio. De fora ficam, para já, o Canadá e o México. As taxas começam a ser aplicadas dentro de 15 dias.

Em conferência de imprensa, Trump afirmou que a situação atual é um "assalto ao nosso país" e disse que perante esta nova realidade o melhor é as empresas mudarem para território norte-americano.

"Se não querem pagar taxas, tragam as vossas fábricas para os EUA", disse o presidente dos EUA.

De acordo com a administração Trump, o Canadá e o México ficam, para já, fora destas alterações. A decisão final está no entanto dependente da renegociação em curso do Acordo de Comércio Livre da América do Norte (NAFTA). Outros países podem pedir exceções. Países que "nos tratam bem em questões comerciais", disse Trump.
Guerra comercial
Trump decidiu avançar com as taxas contra vários avisos de muitos dos aliados dos EUA, desde logo a União Europeia, para os riscos de uma guerra comercial com consequências imprevisíveis.

Internamente, a medida provocou uma forte controvérsia mesmo dentro do campo republicano, onde vários congressistas não partilham a opinião de Trump de que as guerras comerciais "são boas e fáceis de ganhar".

Uma situação que levou mesmo à demissão do principal conselheiro económico da Casa Branca, Gary Cohn.

Para a tomada desta decisão, o presidente do EUA argumentou que os produtores norte-americanos precisam de ser protegidos por questões de segurança nacional, recorrendo a um procedimento raramente utilizado da legislação comercial dos EUA: o artigo 232 que se apoia em argumentos ligados à defesa nacional para limitar a importação de produtos e bens pelos EUA.

Este artigo 232 foi utilizado nos anos 1970, durante a crise petrolífera e mais recentemente em 2001, no caso do aço.  "Vamos ser muito equitativos, vamos ser muito flexíveis", prometeu Trump algumas horas antes da assinatura, garantindo que ia encontrar um terreno de entendimento com "os verdadeiros amigos" dos EUA.
Alemanha alvo de Trump
Decisão tomada, o presidente dos EUA criticou a Alemanha. "Temos amigos e também inimigos que se aproveitam muito de nós, desde há anos, no comércio e na defesa (...). Se olharmos para a NATO, a Alemanha paga 1% e nós 4,2% de um produto interno bruto (PIB) muito mais importante. Não é justo".

Perante esta nova realidade, é esperada uma forte reação da União Europeia, que já há vários dias insiste que uma guerra comercial seria prejudicial para todos. Mas não deixou de garantir que está a preparar medidas de resposta.

Os europeus exportam cerca de cinco mil milhões de euros de aço e mil milhões de alumínio por ano para os EUA.
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