Trump concede perdão a ex-militares acusados de crimes de guerra

por RTP
Donald Trump tinha já, em maio, anunciado a sua intenção de conceder este perdão Tom Brenner - Reuters

O Presidente norte-americano concedeu na sexta-feira o seu perdão a antigos militares dos Estados Unidos que iriam, no próximo ano, ser julgados em tribunal por alegadamente terem levado a cabo crimes de guerra.

Um dos ex-militares, Mathew Golsteyn, estava acusado de matar um afegão suspeito de fabricar explosivos, tendo argumentado que o homem era um alvo a abater devido ao comportamento que assumiu momentos antes de ter sido abatido.

Outro perdão foi para Clint Lorance, um antigo militar que foi acusado de homicídio em 2012, depois de ter ordenado que os seus homens disparassem contra três afegãos, matando dois deles. Lorance chegou a cumprir seis dos 19 anos de prisão a que tinha sido condenado.

Donald Trump perdoou ainda Edward Gallagher, um oficial da marinha norte-americana acusado de posar para uma foto com o corpo de um membro do autoproclamado Estado Islâmico capturado no Iraque.

A Casa Branca anunciou, em comunicado, que o Presidente dos Estados Unidos é o responsável por garantir que a lei é cumprida e que, quando apropriado, “é concedida a misericórdia”.

“Por mais de 200 anos, os presidentes utilizaram a sua autoridade para oferecer segundas oportunidades a indivíduos que as merecem, incluindo aqueles que vestem uniformes e servem o nosso país”, sublinhou Washington.

Donald Trump tinha, em maio, anunciado a sua intenção de conceder este perdão. “Alguns destes militares são pessoas que lutaram muito e durante muito tempo”, justificou. “Nós ensinamo-los a ser grandes lutadores, e depois quando lutam são, por vezes, tratados muito injustamente”.

Antes de tomar a decisão final, Trump esteve reunido com o secretário de Defesa, Mark Esper, entre outros responsáveis que lhe forneceram informações detalhadas sobre os casos dos antigos militares.
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