Casa Branca proíbe transações com empresa chinesa detentora do TikTok

por Mário Aleixo - RTP
Trump não quer mais transações com a empresa chinesa detentora do TikTok Reuters

O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou uma ordem executiva que proíbe todas as transações com a ByteDance, a empresa-mãe chinesa da rede social TikTok, no prazo de 45 dias.

O Presidente falou de uma "emergência nacional" e acusou a rede social TikTok de espionagem de utilizadores norte-americanos em nome de Pequim, num contexto de crescentes tensões comerciais e políticas com a China.

Na segunda-feira, Trump tinha aceite a possibilidade de um grupo norte-americano comprar o TikTok, mas antes de 15 de setembro, sob pena de proibir a plataforma. A Microsoft está em negociações com a ByteDance para negociar uma compra forçada.

A proibição também se aplica à plataforma WeChat, que pertence ao gigantesco Tencent.

"Tal como TikTok, o WeChat captura automaticamente grandes pedaços de informação sobre os seus utilizadores, ameaçando dar ao partido comunista chinês acesso a informação pessoal sobre os norte-americanos", lê-se no decreto.

O senado norte-americano também aprovou por unanimidade um projeto de lei que proíbe o descarregamento e a utilização do TikTok em qualquer dispositivo emitido pelo governo aos seus funcionários ou membros do congresso.

"O TikTok é um grande risco de segurança e não tem lugar nos dispositivos governamentais", escreveu o serviço de imprensa do senador republicano Josh Hawley, co-autor do projeto de lei.

Após a sua passagem pelo Senado controlado pelos republicanos, o projeto de lei terá ainda de ser aprovado pela câmara dos representantes da maioria democrata antes de Trump o poder promulgar.

Na quarta-feira, o chefe da diplomacia norte-americana, Mike Pompeo, avisou que os Estados Unidos queriam proibir não só o TikTok mas também outras aplicações chinesas consideradas como um risco para a segurança nacional.

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