Paris volta a ser palco de tumultos envolvendo os “coletes amarelos”, que protestam pelo 23º sábado consecutivo contra a política social e fiscal do Governo francês.
As forças de segurança repeliram os "coletes amarelos" entre as praças da Bastilha e da República, usando granadas de gás lacrimogéneo. Os manifestantes tentaram já pilhar algumas lojas, além de terem lançado incendiado estruturas como caixotes do lixo e motas.
Ao longo da tarde, a polícia tem vindo a repelir os manifestantes com gás lacrimogéneo, como testemunhou os correspondente da RTP em Paris.
Entre os manifestantes, houve quem contestasse as prioridades de distribuição de dinheiro. “Milhões de euros para a Notre-Dame. E para nós, os pobres?”, podia ler-se num cartaz erguido por um dos protestantes. “Tudo para a Notre-Dame, nada para os 'miseráveis'”, dizia outro cartaz.
Paris estava em alerta depois do ministro do Interior ter argumentado que os serviços de inteligência o tinham informado da possibilidade de voltarem a ocorrer confrontos violentos na manifestação dos “coletes amarelos”.
Há registo de uso de gás lacrimogéneo por parte da polícia em Toulouse, onde milhares de pessoas estão também em protesto.
Desde novembro de 2018 que os "coletes amarelos", incluindo muitos jovens vestidos de preto e de cara tapada, manifestam-se e criam o caos nas ruas de Paris.
O movimento nasceu espontaneamente num sinal de protesto que começou contra a taxação de combustíveis em França e contesta agora a carga de impostos, perda do poder de compra e desilusão geral com o Governo.