UE-EUA. Preocupação partilhada com África e condenação de atrocidades em Tigray

por Lusa

A União Europeia e os Estados Unidos manifestaram hoje "profunda preocupação" com a situação em diferentes regiões do continente africano, condenando com particular ênfase as "atrocidades em curso" em Tigray, Etiópia.

Na declaração conjunta adotada na cimeira UE-EUA, que hoje juntou em Bruxelas o Presidente norte-americano, Joe Biden, e os presidentes do Conselho Europeu, Charles Michel, e da Comissão, Ursula von der Leyen, há um ponto dedicado a África no capítulo dedicado a política externa, no qual os líderes começam por reafirmar o seu compromisso com os esforços para "promover a paz e desenvolvimento sustentável" no continente africano.

"A situação política, de direitos humanos, de segurança e humanitária na Etiópia, Somália e nos países do Sahel é motivo de grande preocupação. Partilhamos profundas preocupações sobre a crescente polarização política e étnica em toda a Etiópia, que ameaça a soberania e a integridade territorial do país", lê-se no texto adotado.

Os líderes da UE e dos EUA condenam "as atrocidades em curso, incluindo a violência sexual generalizada", congratulam-se com "as investigações em curso do ACNUDH", o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos, e apelam à "plena responsabilização pelas alegadas violações dos direitos humanos em Tigray", exigindo que os responsáveis sejam levados à justiça.

"Apelamos igualmente à retirada das forças estrangeiras e ao livre acesso de ajuda humanitária", complementam.

Neste parágrafo dedicado a África, Europa e Estados Unidos indicam também que, na sequência da cimeira sobre o financiamento das economias africanas, planeiam "agir em conjunto" com os "parceiros africanos para assegurar o acesso equitativo a vacinas seguras e eficazes e para fornecer apoio financeiro com vista a uma recuperação sustentável".

"Estamos determinados a amplificar significativamente, numa base voluntária, o impacto da proposta de atribuição geral de Direitos Especiais de Saques pelo FMI [Fundo Monetário Internacional] para África", concluem.

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