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UE não reconhece Lukashenko como presidente da Bielorrússia

por Alexandre Brito - RTP
Alexandre Lukashenko tem o apoio da Vladimir Putin, o presidente russo Reuters

A União Europeia recusa reconhecer Alexandre Lukashenko como presidente da Bielorrússia e afirma que a tomada de posse abrupta desta quarta-feira vai contra a vontade do povo.

Em comunicado divulgado hoje, o chefe da diplomacia da União Europeia aponta os "resultados falsificados" da eleição de agosto e a "falta de qualquer legitimidade democrática" como justificação para esta decisão da União Europeia.

"As eleições de 9 de agosto não foram livres nem justas", lê-se no documento. "A União Europeia não reconhece os seus resultados falsificados. Tendo isto como base, a chamada "inauguração" (tomada de posse) de 23 de setembro de 2020 e o novo mandato de Alexandre Lukashenko têm falta de legitimidade democrática".
A tomada de posse, lê-se, vai "diretamente contra a vontade de uma larga parte da população bielorrussa, tal como expressado em numerosas, sem precedentes e pacíficas manifestações desde as eleições, e serve apenas para aprofundar a crise política na Bielorrússia".

A posição da União Europeia é clara. "Os cidadãos bielorrussos merecem o direito a serem representados por aqueles que livremente escolham em novas eleições inclusivas, transparentes e credíveis".

Diz ainda a União Europeia que está "impressionada e comovida com a coragem do povo bielorrusso que continua e manifestar-se de forma pacífica pela democracia e pelos seus direitos fundamentais apesar da brutal repressão das autoridades".

A União Europeia garante que "mantém a solidariedade com ele (o povo) e apoia totalmente os seus direitos democráticos de eleger um presidente por novas eleições livres e justas com supervisão da OSCE".

A UE diz esperar que as autoridades da Bielorrússia terminem de imediato a repressão e violência contra o povo e que libertem imediatamente e de forma incondicional todos os que foram detidos, incluindo prisioneiros políticos. "A União Europeia permanece convencida de que um diálogo nacional inclusivo que responda positivamente ao pedido do povo para novas eleições democráticas é a única forma de se encontrar um caminho para se sair da séria crise política na Bielorrússia que respeite os desejos do povo".

Por todas estas razões, a União Europeia está a rever as relações com a Bielorrússia
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