Cabo Verde quer avanços na livre circulação de pessoas e bens dentro da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP). A intenção foi avançada por Ulisses Correia e Silva, primeiro-ministro daquele país, em entrevista à Antena 1.
E avançando esta mobilidade, o Estatuto de Cidadão Lusófono estará também em condições de ser concretizado noutros países para além de Portugal e Cabo Verde, como referiu o chefe de governo cabo-verdiano à jornalista Maria Flor Pedroso.
Ulisses Correia e Silva, Primeiro-Ministro de Cabo Verde há dois anos, em entrevista exclusiva à Antena1, nas vésperas da cimeira da CPLP na Ilha do Sal, garante o êxito da cimeira, porque todos os Presidentes e Primeiros-Ministros vão estar presentes, com a exceção de Timor - cuja presença não está ainda confirmada - o que, diz, revela um forte comprometimento políticos de todos e de Cabo Verde, que há vinte anos não recebia uma cimeira da CPLP.
Outra resolução que Cabo Verde vai levar à cimeira tem como objetivo evitar a dupla tributação de rendimentos e proteger os investimentos. A ideia é criar um quadro de maior confiança nos operadores económicos.
A crítica recorrente de que a CPLP tem pouca influência politica na resolução de conflitos é reconhecida pelo anfitrião da cimeira, que anuncia que vai visitar a Guiné Bissau para ajudar na preparação do processo eleitoral de 18 de Novembro deste ano.
Mais cético parece estar quanto à capacidade da Guiné Equatorial cumprir o roteiro estabelecido: Democracia, Língua Portuguesa e abolição da pena de morte, a tempo de em 2020 assumir a presidência da CPLP, como pretende. O PM cabo-verdiano diz que a Guiné Equatorial “gere o tempo como entender”, mas só se o roteiro for integralmente cumprido é que a Guiné Equatorial “pode um dia” presidir à CPLP.
Uma entrevista para ouvir na íntegra, este sábado, depois das notícias do meio-dia.