No início de uma semana em que se joga o futuro político de Theresa May, a primeira-ministra britânica faz um último esforço para convencer os deputados a apoiarem o Acordo de Saída. A líder do executivo britânico considera que é mais provável não haver Brexit do que uma saída sem acordo. A Comissão Europeia veio tentar ajudar May e publicou uma carta em que diz que o mecanismo de salvaguarda será ativado “apenas temporariamente”.
Para evitar a “paralisia no Parlamento” que acontecerá se o documento for rejeitado, os deputados deveriam aprovar o seu Acordo de Saída, argumentou Theresa May.A primeira-ministra britânica afastou a possibilidade de pedir o alargamento do prazo do Artigo 50 ou a realização de um segundo referendo.
If we're going to dig into history I think this point is at best half right? I *think* the Conservatives were still against the Assembly being established in 1999 and ran on a platform opposing it with David Cameron/Nick Bourne finally dropping this c.2005? https://t.co/5a1caaxmrC
— Joe Oliver (@joe_oliver) 13 de janeiro de 2019
Alguns deputados anunciaram no fim-de-semana que mudaram de ideias em relação à orientação de voto e que, agora, se preparam para viabilizar o documento.
No entanto, a rejeição é esperada, estando apenas em dúvida a dimensão da derrota de Theresa May. De acordo com a BBC, cerca de 100 deputados conservadores e os 10 deputados do Partido Unionista Democrático vão juntar-se aos trabalhistas e aos liberais democratas no voto contra o Acordo de Saída.
"A União Europeia não quer ver o backstop entrar em vigor", mas se este mecanismo fosse alguma vez ativado, sê-lo-ia até as partes chegarem a um acordo definitivo "que assegure a ausência de uma fronteira física na ilha da Irlanda numa base permanente", afiançam os presidentes do Conselho Europeu e da Comissão Europeia.
Donald Tusk sublinha o "valor legal" das conclusões do Conselho Europeu de 13 de dezembro, durante o qual os 27 Estados-membros da União Europeia se comprometeram a trabalhar de forma célere para que o backstop nunca entre em vigor, garantindo que se o mesmo tiver que ser aplicado, sê-lo-á apenas de forma temporária.