Adis Abeba, 22 jan (Lusa) - A União Africana (UA) expressou hoje o seu apoio ao Governo do Mali, depois do ataque terrorista de domingo contra uma base da missão da ONU no país, a Minusma, que causou a morte a dez `capacetes azuis` chadianos.
O presidente da Comissão da UA, Moussa Faki Mahamat, reiterou, em comunicado, "o apoio total sem falhas da UA ao Governo do Mali nos seus esforços para instaurar uma paz duradoura" no país.
Segundo a Minusma, o atentado contra a sua base em Aguelhok, no norte do país, foi um "ataque complexo" realizado por numerosos terroristas chegados de surpresa em vários veículos armados.
O grupo Nusrat al-Islam wal Muslimin, filial da Al-Qaeda no Sahel, reivindicou o atentado, alegando que foi em resposta à aproximação política entre o Governo do Chade e Israel, cujo primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, realizou nesse mesmo dia uma visita histórica à capital, N`Djamena.
Os atacantes fecharam primeiro as entradas da cidade de Aguelhok, após o que irromperam no acampamento das forças da Minusma, a partir de vários pontos.
Das várias missões de paz da ONU no mudo, a Minusma, criada em 2012, é a que mais baixas sofreu, tendo somado, só em 2017, um total de 21 mortos.
Além da Minusma, as diferentes milícias no Mali atacam com frequência as forças armadas malianas, a que se somam crescentes conflitos armadas entre vários grupos por razões étnicas ou pelo controlo da terra.
