Vacinação arranca nas Filipinas apesar de dificuldades no abastecimento

por Lusa
As Filipinas quer intensificar a vacinação mas faltam-lhe vacinas Behrouz Mehri - EPA

A campanha de vacinação contra a covid-19 arrancou nas Filipinas, um dos países mais afetados pela pandemia no sudeste da Ásia, apesar das dificuldades de fornecimento.

Com mais de 576.000 casos e 12.318 mortes desde o início da pandemia, as Filipinas são o segundo país mais afetado no sudeste da Ásia, depois da Indonésia.

O país enfrenta igualmente uma grave crise económica, devido ao confinamento prolongado, que o presidente, Rodrigo Duterte, prometeu aliviar, quando houver um número substancial de pessoas vacinadas.

"A nossa economia está realmente em baixo, por isso quanto mais depressa a vacinação for feita, melhor", disse Duterte, durante uma conferência de imprensa transmitida pela televisão, no domingo, segundo a agência de notícias Associated Press (AP).

Os primeiros a serem vacinados incluem membros do governo, profissionais de saúde, militares e agentes da polícia, em seis hospitais da capital, em Manila.

O país recebeu no domingo 600 mil doses de vacinas do laboratório Sinovac, doadas pela China.

Além destas, as Filipinas encomendaram mais 25 milhões de doses do laboratório chinês, ainda sem data prevista de entrega.

A chegada ao país das primeiras 525.600 doses da vacina da AstraZeneca, inicialmente prevista para esta segunda-feira, foi adiada uma semana, informou o secretário da Saúde, Francisco Duque III.

A doação da China representa uma pequena fração do total de 148 milhões de doses que o governo tem estado a negociar para vacinar a população, de 70 milhões de pessoas.

O presidente foi alvo de críticas pelo atraso no início da vacinação, mas Duterte acusou os países mais ricos de açambarcarem grandes quantidades, prejudicando o acesso às vacinas dos países mais pobres.

Além dos problemas de fornecimento, o país enfrenta o ceticismo da população em relação à vacina chinesa, com menos eficácia, quando comparada com outras disponíveis.

O responsável governamental pela aquisição de vacinas, Carlito Galvez Jr, já foi vacinado para dar o exemplo, no Hospital Geral de Manila.

"Não devemos esperar pela dita melhor vacina. Não há uma vacina melhor, porque as melhores vacinas são as efetivas e eficientes que chegam cedo", disse.
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