O presidente da Venezuela anunciou um novo confinamento restritivo preventivo da covid-19, a partir desta segunda-feira, com base no sistema local "7+7", sete dias de quarentena restrita e sete de flexibilixação.
O anúncio surgiu depois de as autoridades venezuelanas terem flexibilizado a quarentena durante duas semanas, a última das quais devido ao Carnaval, e de na quinta-feira ter começado um plano de vacinação da população mais vulnerável, incluindo profissionais da saúde e militares.
Maduro acrescentou que os casos de covid-19 desceram ligeiramente no país, em fevereiro. "Temos 20 casos ativos por 100 mil habitantes, apesar das duas semanas de flexibilização do Carnaval", afirmou.
Por outro lado, o chefe de Estado venezuelano indicou que a vacina russa Sputnik-V está "em todos os estados" do país, sublinhando que o transporte foi possível porque "a cadeia de frio funcionou".
"Em abril, esperamos ter mais vacinados. O povo tem estado muito agradecido", sublinhou.
Já em 13 de fevereiro a Venezuela recebeu as primeiras 100 mil doses da vacina russa Sputnik-V contra a covid-19, destinadas à população mais vulnerável, aos profissionais do setor da saúde e aos militares, para reduzir a transmissão local do coronavírus.
A Academia Nacional de Medicina (ANM) da Venezuela indicou que o país necessita de 30 milhões de vacinas para imunizar 15 milhões de pessoas, 3,5 milhões delas de maneira prioritária.
A Venezuela está em estado de alerta, desde 13 de março de 2020, o que permite ao executivo tomar "decisões drásticas" de combate à pandemia.
No país estão oficialmente confirmados 136.010 casos da covid-19, desde o início da pandemia em março de 2020. Há ainda 1.312 mortes associadas ao novo coronavírus e 127.598 pessoas recuperaram da doença.