Donald Trump apelou na segunda-feira aos militares venezuelanos leais a Nicolás Maduro para que deixem entrar ajuda humanitária no país, alertando-os de que estão a arriscar as suas vidas e o seu futuro. O Presidente da Venezuela já retaliou, afirmando que o discurso de Trump foi de “estilo nazi”.
O Presidente norte-americano defendeu ainda que o socialismo é uma ideologia que “está a morrer” no hemisfério ocidental e que Maduro é um “fantoche” de Cuba. “Os EUA nunca serão um país socialista”, garantiu.
Nicolás Maduro reagiu pouco depois, considerando o discurso “nazi” e declarando que os Estados Unidos agem como se fossem donos da Venezuela e os cidadãos desse país os seus escravos.Juan Guaidó comunicou que o apoio humanitário vai entrar na Venezuela por terra e mar já no próximo sábado.
Donald Trump voltou ainda a oferecer apoio a Juan Guaidó, pedindo às Forças Armadas da Venezuela que não ataquem o autoproclamado presidente interino nem outros membros da oposição e apelando para que deixem entrar comida, medicamentos e outros apoios.
Trump utilizou também a rede social Twitter para reforçar o apelo. "Peço a todos os membros do regime de Maduro: terminem este pesadelo de pobreza, fome e mortes".
"Deixem o vosso povo ir. Libertem o vosso país! Esta é a altura para todos os patriotas venezuelanos agirem juntos, como um povo unido. Nada poderia ser melhor para o futuro da Venezuela!".
I ask every member of the Maduro regime: End this nightmare of poverty, hunger and death. LET YOUR PEOPLE GO. Set your country free! Now is the time for all Venezuelan Patriots to act together, as one united people. Nothing could be better for the future of Venezuela!
— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) 18 de fevereiro de 2019
Os Estados Unidos enviaram grandes quantidades de bens humanitários para a Venezuela, mas estes têm ficado retidos na fronteira do país com a Colômbia por ordem de Nicolás Maduro. “Não vamos fazer da honrosa Venezuela uma Venezuela de pedintes”, sublinhou o atual Presidente.
Trump repetiu também que as opções militares por parte dos Estados Unidos continuam sobre a mesa, apesar de esta ser vista pelos especialistas como uma ação pouco provável. “Procuramos uma transição pacífica do poder, mas todas as opções estão abertas”, lançou.