Votação encerrada e Vladimir Putin reeleito Presidente com 73,9%

por Lusa
Eduard Korniyenko, Reuters

As assembleias de voto fecharam em Moscovo e nas grandes cidades da Rússia, onde Vladimir Putin se prepara para ser reeleito numas eleições presidenciais que convocam mais de 107 milhões de eleitores.

O Presidente Vladimir Putin foi reeleito para um quarto mandato na liderança da Rússia com 73,9% dos votos, segundo sondagens à saída das urnas divulgadas pelo instituto público VTsIOM, após o encerramento das últimas assembleias de voto.

Na segunda posição, o candidato do Partido Comunista Pavel Groudinine obteve 11,2%, à frente do ultranacionalista Vladimir Jirinovski (6,7%) e da jornalista próxima da oposição liberal Ksenia Sobtchak (2,5%), no final de uma eleição que quase assumiu a forma de plebiscito e que permitirá ao Presidente russo manter-se no poder até 2024.Eleições contestadas

As eleições russas estão também a ser marcadas por acusações de fraude pela oposição.

As primeiras sondagens serão conhecidas às 18:00 de hoje, hora do fecho no enclave russo de Kaliningrado, antes de serem dados os resultados parciais ao longo da noite.

O Presidente russo, de 65 anos, há mais de 18 no poder, e deverá conquistar um quarto mandato, até 2024, mas a oposição lançou acusações de que a participação nas urnas foi aumentada através de fraudes.

A meio da tarde, a afluência às urnas atingia os 59,5% segundo a Comissão Eleitoral, um pouco mais elevada do que em 2012, quando Vladimir Putin regressou ao Kremlin.Navalny afastado da eleição

Afastado da eleição devido a uma condenação judiciária, o principal opositor, Alexeï Navalny, acusou o Kremlin de insuflar a mobilização através de fraudes nas urnas e transporte maciço de eleitores.

A Organização Não Governamental Golos, especializada na supervisão de eleições, escreveu no seu sítio ´online´ que às 17:00 foram contabilizadas 2.472 irregularidades, como votos múltiplos, ou entraves ao trabalho dos observadores.

A presidente da Comissão Eleitoral, Ella Pamfilova, estimou, no entanto, que "não houve assim tantas irregularidades", enquanto a equipa de Putin contou 200.

A última semana de campanha foi marcada pela tensão entre Moscovo e o Ocidente, devido ao envenenamento, em Inglaterra, do ex-agente duplo russo Sergueï Skripal, e a sua filha.

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