O chefe da diplomacia norte-americana e o príncipe herdeiro saudita consideraram necessário, após a reunião desta quarta-feira, em Jeddah, a união da comunidade internacional para enfrentar a "contínua ameaça do regime iraniano".
De acordo com um comunicado de Washington, Mike Pompeo e Mohammed bin Salman "concordaram que este foi um ataque inaceitável e sem precedentes que não só ameaçou a segurança nacional da Arábia Saudita, mas também o abastecimento energético mundial em geral".
Os dois líderes consideraram urgente a "união da comunidade internacional para enfrentar a contínua ameaça do regime iraniano", considerando que Teerão "deve ser responsabilizado pelo seu comportamento agressivo, imprudente e ameaçador".
"Direito de se defender"
Numa mensagem publicada na rede social Twitter, depois da reunião com Mohammed bin Salman, o chefe da diplomacia norte-americana sublinhou que os Estados Unidos apoiam o direito de Riade de se defender.
"Os Estados Unidos apoiam a Arábia Saudita e o seu direito de se defender. O comportamento ameaçador do regime iraniano não será tolerado", escreveu Mike Pompeo.
Met with #Saudi Crown Prince Mohammed bin Salman today to discuss the unprecedented attacks against Saudi Arabia’s oil infrastructure. The U.S. stands with #SaudiArabia and supports its right to defend itself. The Iranian regime’s threatening behavior will not be tolerated.
— Secretary Pompeo (@SecPompeo) September 18, 2019
No sábado, o ataque com aviões não tripulados ("drones") às principais instalações petrolíferas da Arábia Saudita, provocou a destruição de 5,7 milhões de barris de petróleo (mais de 05% da produção diária mundial).
Os ataques foram reivindicados pelos rebeldes Houthis, apoiados pelo Irão, que têm atacado com frequência o território saudita como resposta à intervenção no Iémen levada a cabo por uma coligação militar liderada por Riade.
No entanto, Riade e Washington têm denunciado o envolvimento do Irão nestes ataques e o Presidente norte-americano, Donald Trump, já anunciou um reforço das sanções económicas contra Teerão.