Sem estratégia, mais um muro

Nas Nações Unidas, o Mundo aplaudiu, com rara unanimidade, uma estratégia de inclusão de refugiados, no mesmo dia em que começou a construção de um robusto muro e Calais, para travar os mesmos que minutos antes jurávamos ir incluir e acolher.

Na mesma sala da ONU, reconhecia-se o como certo o perfil certo de António Guterres para ser o próximo secretário-geral da organização, que tanto precisa de uma outra liderança, mais inteligente e interventiva, que consiga verdadeiramente agregar vontades para se encontrarem efetivamente soluções para os demasiados conflitos que marcam estes dias, nascia a intriga palaciana de muitos interesses na busca de um outro nome que seja mais moldável e mais próximo de outros senhores, com outras ideias.

Se a ONU deixar cair este belo exercício de democracia, incluindo agora outros candidatos na corrida, matará a pouca credibilidade que ainda tem, reduzindo ainda mais a sua capacidade de conciliar os povos. Seria um completo absurdo. Em todas as grandes e pequenas organizações há estes movimentos dos sem escrúpulos e sem rasgo, que acabam por ser líderes apenas porque conseguiram inquinar as melhores escolhas com intriga e razões que em nada estão ligadas à competência e ao perfil técnico dos candidatos.

Não quero acreditar que a ONU se permita a um novo jogo de sombras que dá sempre em muito más escolhas. Pelo menos na ONU não se permita que esta linha de apagados e sem nenhuma ideia cheguem aos cargos de topo. Temos demasiados exemplos de más escolhas que deram um trágico resultados, como é sempre de prever.

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