As seleções nacionais representam o que de melhor tem o futebol português. Qualidade, rigor, profissionalismo, planeamento, ambição e futuro: são tudo palavras que existem nesse campo de excelência que é hoje a Federação Portuguesa de Futebol. Na semana em que a equipa campeã da Europa goleou a Letónia por 4-1, em mais um capítulo da fase de apuramento para o mundial da Rússia, onde a equipa de Fernando Santos vai seguramente estar, os resultados de um ano de 2016 absolutamente incrível comprovam objetivamente o que está a ser feito na “Cidade do Futebol”, em Oeiras.
Já aqui o escrevi uma vez que a FPF é, atualmente, uma máquina de fazer dinheiro e porque o dinheiro puxa dinheiro, como se costuma dizer, as últimas contratações para o marketing e para o setor comercial da entidade que gere o futebol luso vem provar que há ainda muito por fazer e para crescer e que ninguém está satisfeito com o que foi conseguido até agora. O que é ótimo.
Na mesma altura em que tudo isto é uma realidade indesmentível, que acontece à frente dos nossos olhos, há uma outra, mais rasteira e tenebrosa, que não interessa a ninguém e que também nos ocupa o tempo e a paciência. Trata-se de uma realidade povoada de confusão, de trocas de insultos, de tentativas de agressão, de atitudes que deviam andar longe desta indústria porque é disto que estamos a falar.
Da mesma forma que o que se tem vindo a passar num dos campeonatos da Associação de Futebol do Porto também deveria merecer uma atenção redobrada de quem tem responsabilidades no futebol português. Há doze equipas que preferem faltar aos jogos do que defrontarem o líder do campeonato. Até parecem os piratas dos livros do Asterix que preferiam afundar o barco a defrontarem os gauleses. Não fosse trágico e até que dava vontade de rir.