Albuquerque renova fé nas previsões e antevê "surpresas positivas"

por RTP
“Saímos da recessão, tivemos um ano de 2014 de crescimento e teremos um ano de 2105 de maior crescimento, que significa recuperação para todos”, antecipou a ministra Rafael Marchante, Reuters

A ministra das Finanças capitalizou na última noite um encontro com militantes do PSD em Oliveira de Azeméis para ensaiar um tom de campanha e renovar a profissão de fé nas previsões da proposta de Orçamento do Estado para 2015. “Não são otimistas demais”, lançou Maria Luís Albuquerque, que foi mesmo ao ponto de antecipar “surpresas positivas”.

“Acreditamos mesmo que elas não são otimistas demais e que teremos margem para conseguir resultados melhores até do que aqueles que estão agora no Orçamento e que podemos ter surpresas positivas ao longo do ano de 2015, porque aquilo que estamos a ver como sinais é francamente encorajador”, insistiu a titular da pasta das Finanças.O encontro de Oliveira de Azeméis decorreu no quadro das IV Jornadas de Consolidação, Crescimento e Coesão, promovidas pelo PSD.

A proposta de Orçamento do Estado para o próximo ano, continuou Maria Luís Albuquerque, “dá aos portugueses uma perspectiva de um futuro que começa a ser melhor, em que temos crescimento”.
“Saímos da recessão, tivemos um ano de 2014 de crescimento e teremos um ano de 2105 de maior crescimento, que significa recuperação para todos”, acenou a ministra, para repetir a tese de que o Orçamento para 2016 poderá ser ainda mais positivo, desde que o país permaneça vinculado à consolidação.
“Saudades da troika
As despesas do ataque ao PS ficaram para o líder parlamentar social-democrata. Luís Montenegro interveio na antecâmara do discurso de Albuquerque. Para sustentar que o Executivo “tem falhado muitas vezes” em matéria de previsões, “mas a favor do país e do desempenho do país”.

O dirigente do PSD apontou, depois, baterias aos socialistas: “A troika perspetiva para o próximo ano um quadro mais negativo do que aquilo que nós estimamos no Orçamento e, pasme-se, a nossa oposição e o PS, em particular, viera dizer para ouvir a troika”.

O Partido Socialista, carregou Montenegro, aparenta estar “com saudades da troika e “revela arrogância e fraqueza”, ao excluir compromissos. Uma acusação que havia já sido desferida na noite de sexta-feira pelo primeiro-ministro e que mereceu resposta de António Costa: o sucessor de António José Seguro convidava ontem um PSD e um CDS-PP “cansados de serem Governo” a transitarem para a oposição.

Ainda segundo Luís Montenegro, os socialistas teriam de perceber que “não perdem as eleições por fazer acordos ou compromissos com as questões essenciais”.
Tópicos
pub