Mais de 180 associações políticas e de direitos humanos pediram, em carta aberta, um boicote diplomático aos Jogos Olímpicos de Inverno Pequim2022, devido à política de desrespeito pelos direitos humanos do governo chinês.
Pequim tem enfrentado duras críticas, sobretudo dos países ocidentais, devido à forma como tem lidado com os movimentos independentistas em Hong Kong e com o tratamento que tem dado às minorias étnicas no país.
Os signatários da carta consideram que desde a atribuição dos Jogos Olímpicos de Inverno a Pequim, em 2015, o “presidente Xi Jinping desencadeou uma repressão implacável contra as liberdades fundamentais e direitos humanos”.
O porta-voz do ministério das Relações Exteriores da China considerou, entretanto, “irresponsável querer interromper ou obstruir os preparativos e a realização normal dos Jogos Olímpicos por motivos políticos”.
“Esta iniciativa não vai obter o apoio da comunidade internacional e está condenada ao fracasso”, disse Wang Wenbin.
Em comunicado enviado à agência AFP, o Comité Olímpico Internacional (COI) garantiu que as preocupações levantadas pelas organizações não governamentais “estão a ser tratadas com o governo do país e com as autoridades locais”.
Os Jogos Olímpicos de Inverno Pequim2022 devem decorrer entre 4 e 20 de fevereiro do próximo ano, cerca de seis meses depois dos Jogos Olímpicos Tóquio2020, adiados para o próximo verão devido à pandemia de covid-19.