EUA ponderam boicote aos Jogos de inverno Pequim2022

por Mário Aleixo - RTP
Os Estados Unidos ponderam um boicote aos Jogos de Pequim2022 D.R.-Facebook

Os EUA estão a ponderar analisar com os aliados um boicote aos Jogos Olímpicos de Inverno Pequim2022, revelou um porta-voz do departamento de Estado, face ao aumento da pressão de grupos políticos e de direitos humanos.

É algo que queremos certamente discutir”, disse Ned Price quando questionado sobre se o país estaria a ponderar um boicote à competição em conjunto com os seus aliados.

Acreditamos que uma abordagem coordenada não seria apenas do nosso interesse, mas também dos nossos aliados e parceiros”, afirmou Price, sem adiantar a posição do governo norte-americano sobre o assunto.

Mais tarde, o porta-voz esclareceu, através do Twitter, que “tal como mencionado” os EUA não têm “nenhum anúncio a fazer sobre os Jogos Olímpicos” que terão lugar na capital chinesa.

“(O ano de) 2022 ainda está muito longe, mas continuaremos a consultar os nossos aliados e parceiros para definir as nossas preocupações comuns e estabelecer a nossa abordagem conjunta face ao Partido Comunista Chinês”, escreveu Ned Price.

Vários grupos ativistas e políticos republicanos aumentaram recentemente os seus apelos a um boicote aos próximos Jogos Olímpicos de inverno com base nos alertas de várias Organizações Não Governamentais que acusam a China de perseguir muçulmanos uigures e de os colocar em campos de concentração, onde serão vítimas de vários abusos, de acordo com relatos de sobreviventes.

O executivo de Joe Biden nunca descartou a possibilidade de um boicote, mas sem tomar uma posição definitiva.

Uma porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, afirmou em fevereiro que a administração consultaria o Comité Olímpico dos EUA sobre o assunto.

China pede "travão" ao boicote


O governo chinês já pediu aos Estados Unidos para não avançarem com a decisão de boicotar os Jogos Olímpicos de Inverno Pequim2022.

Um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês rejeitou as acusações de abusos contra minorias étnicas na região de Xinjiang e considerou que “a politização do desporto prejudica o espírito da carta olímpica e os interesses dos atletas de todos os países”.
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