A escuderia de Fórmula 1 Racing Point foi sancionada com a perda de 15 pontos no Mundial de Construtores e multada em 400 mil euros pela utilização ilegal de uma conduta de ar de arrefecimento dos travões.
A decisão aplicada foi da perda de 7,5 pontos por cada um dos dois carros da escuderia no GP da Estíria deste ano e de 200 mil euros de multa por carro.
Relativamente aos Grandes Prémios da Hungria e da Grã-Bretanha, foi aplicada uma admoestação.
O mesmo sistema de arrefecimento dos travões que deu origem a esta sanção deverá ser, ainda, utilizado no GP do 70.º Aniversário, que se disputa este fim de semana, pelo que a Renault poderá voltar a protestar.
A Racing Pouint tem estado debaixo de fogo dos adversários esta temporada devido às semelhanças dos seus monolugares com os da Mercedes utilizados em 2019.
Apesar de ser permitida a aquisição de determinados componentes a outro construtor, como é o caso dos motores (a Racing Point usa os Mercedes), outros componentes, nomeadamente do chassis, deverão ser de produção própria.
A equipa alegou ter produzido ela própria o sistema de arrefecimento dos travões, através de condutas de ar, mas a FIA deu como provado que a Racing Point recebeu um exemplar do sistema do construtor germânico em 6 de janeiro, que terá, depois, adaptado.
"Uma vez que as condutas dos travões traseiros do RP20 não foram utilizadas no RP19 [o monolugar utilizado no ano passado] e como os comissários acreditam que os esforços feitos pela Racing Point foram para adaptar as condutas originalmente concebidas pela Mercedes para o (modelo) W10, os comissários concluíram que o principal criador das condutas do RP20 foi a Mercedes e não a Racing Point", lê-se na nota da FIA.
A Federação Internacional acredita que a utilização deste sistema "trouxe uma vantagem competitiva ao poder alocar recursos técnicos para o desenvolvimento de outras áreas do seu monolugar".
A equipa tem, agora, 24 horas para recorrer.