MotoGP. Portimão quer voltar a ter corrida em 2021

por Lusa
Jorge Viegas acredita que Portugal vai continuar a ter o MotoGP em Portugal EPA

O presidente da Federação Internacional de Motociclismo (FIM) admitiu que, apesar de estar no calendário de 2021 apenas como prova de reserva, existe a possibilidade de o Grande Prémio de Portugal se disputar mesmo em abril.

"Portimão tem pré-acordo para ser prova de reserva até 2022. A partir desse ano, há um pré-acordo (com a Dorna, empresa promotora do campeonato) para entrar no calendário. Em 2020 já entrou como prova de reserva. Em 2021, caso se repitam as restrições devido à pandemia, Portimão entrará normalmente no calendário", acredita o português Jorge Viegas, em declarações à agência Lusa.

Neste momento, o Grande Prémio da República Checa está ainda pendente do novo asfaltamento do circuito de Brno e, caso a obra não avance até agosto, "deverá ser a Rússia a entrar no calendário", explica.

No entanto, Jorge Viegas adverte que Portugal pode vir a ser chamado a entrar no calendário, caso as viagens para a América do Norte estejam condicionadas devido à pandemia em abril de 2021.

"É mais fácil (Portugal entrar no calendário) logo em abril, desde que falhe a prova da Argentina ou dos Estados Unidos, se nessa altura, ainda houver restrições de viagens para o continente americano", explicou Jorge Viegas.

O dirigente máximo do motociclismo mundial garantiu, ainda, tudo fazer "para que Portugal venha a ter um Grande Prémio regularmente”, apesar de se estar “a viver tempos diferentes".

À espera de uma grande corrida

Sobre a corrida deste fim de semana, em Portimão, que fecha a temporada de 2020, Jorge Viegas espera "que seja uma prova muito disputada, que o Miguel (Oliveira, em KTM) tenha uma boa classificação e que corra tudo bem".

A propósito da ausência de público nas bancadas do Autódromo Internacional do Algarve, o presidente da FIM admitiu que "a saúde pública está em primeiro lugar".

"A ausência de público, na prova em si, não tem nenhum impacto. O único que poderá ter é para as finanças do organizador e para as pessoas que queriam ir ver a prova e não podem. Eventualmente, terá algum impacto para a motivação do Miguel, mas a saúde pública está em primeiro lugar", destacou Jorge Viegas.

Sobre o que aconteceu durante o Grande Prémio de Portugal de Fórmula 1, prefere "não comentar".

"Vi as imagens, como toda a gente. O organizador diz que foi uma situação pontual. De qualquer forma, o concelho de Portimão passou a integrar a lista de concelhos de maior risco. Portanto, se não fosse na altura (a proibição de haver público na prova de MotoGP), seria agora, pois as pessoas não se poderiam deslocar", disse o presidente da FIM.

Jorge Viegas lembrou ainda que ao longo das 13 corridas do Mundial de MotoGP já disputadas, "apenas duas tiveram cinco mil pessoas nas bancadas (Le Mans, em França, e Misano, em Itália)".

A situação da pandemia levou ainda ao cancelamento da Gala dos Campeões, que todos os anos se realiza no local que acolhe a última corrida da temporada.

"Vamos fazer a entrega das medalhas dos três primeiros de cada classe, mas na sala de imprensa e restrito apenas a pilotos", concluiu Jorge Viegas.

O GP de Portugal de MotoGP é a 14.ª e última corrida da temporada. Disputa-se no Autódromo Internacional do Algarve entre sexta-feira e domingo.
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