O italiano Vincenzo Nibali, vice-campeão da Vuelta2017, considerou quarta-feira que este não é um dia bom para o ciclismo, depois de ter sido revelado que o britânico Chris Froome deu positivo por salbutamol na última edição da prova espanhola.
Em declarações ao site especializado Tuttobiciweb, o italiano da Bahrain Merida confessou que, caso o controlo positivo de Froome seja confirmado, não terá qualquer prazer em ganhar outra Vuelta sem ter tido a oportunidade de subir ao lugar mais alto do pódio, em Madrid.
Se a União Ciclista Internacional (UCI) não aceitar as explicações do britânico para os níveis excessivos de salbutamol e decidir puni-lo, Nibali será promovido a vencedor, juntando a Vuelta2017 ao seu palmarés, que já inclui uma vitória na edição de 2010 da prova espanhola, duas na Volta a Itália (2013 e 2016) e uma no Tour (2014).
Também Alejandro Valverde, vencedor da Vuelta2009, se mostrou surpreso pelo positivo de Froome, considerando que esta é "uma má notícia para o ciclismo em geral".
"Sei o mesmo que vocês, pelo que não posso opinar. É o vencedor da Vuelta deste ano, tem quatro triunfos no Tour e agora terá que explicar-se. É preciso esperar pela sua defesa", salientou o espanhol da Movistar, à margem de uma entrega de prémios, em Sevilha.
Valverde, que partilhou o pódio do Tour com Froome em 2016, quando foi terceiro, lembrou que o ciclista da Sky deu positivo por "um produto que é legal", mas que ultrapassou os limites permitidos.
"Em qualquer caso, trata-se de um balde de água fria para todos", assumiu.
A UCI confirmou hoje o controlo antidoping adverso a Froome, no caso o broncodilatador salbutamol, numa análise à urina feita em 07 de setembro, durante a última edição da Vuelta. O organismo diz ter notificado o corredor em 20 de setembro, acrescentando que a contra-análise confirmou a presença da substância acima do admitido para uso terapêutico.