O chefe de missão da comitiva portuguesa aos Jogos Olímpicos de Inverno Pequim2022, Pedro Farromba, referiu que a expectativa passa por melhorar os resultados das últimas edições.
Pedro Farromba alertou para a condicionante de os atletas portugueses a residirem em Portugal não conseguirem ter os mesmos dias de preparação na neve “como os atletas de topo, que vivem em estâncias e em zonas onde se realizam as competições”.
“Temos de ter a noção clara da nossa realidade, mas temos também de acreditar que conseguimos fazer melhor”, acentuou o responsável pela comitiva portuguesa, composta por nove pessoas.
Portugal participa nos Jogos Olímpicos de Inverno Pequim2022, que se realizam entre 4 e 20 de fevereiro, na China, com Ricardo Brancal e Vanina de Oliveira, no esqui alpino, e José Cabeça no esqui de fundo.
Pedro Farromba chamou a atenção para o aumento do número de atletas da equipa lusa e afirmou ser um grupo com uma boa preparação.
“Temos atletas muito bem preparados. Aliás, os últimos resultados mostram isso mesmo. Temos uma equipa forte, motivada, com muita vontade”, vincou o chefe da missão olímpica.
Receios específicos
A chefiar a terceira missão olímpica, Pedro Farromba destacou “o orgulho” em representar o país e o espírito olímpico vivido “com intensidade”, mas constatou que “estes vão ser uns Jogos Olímpicos completamente diferentes”, devido aos constrangimentos e muitas restrições impostas devido à covid-19, que por exemplo arredou o público das provas.
Todos os dias os elementos da comitiva têm estado a registar numa aplicação a sua temperatura corporal e o estado de saúde, além dos dois testes obrigatórios à covid-19 antes da partida, dia 1, o dobro para quem já esteve infetado com o vírus.
A lista de exigências da organização é muito extensa e indica, por exemplo, que os atletas não devem viajar próximos no avião, assim como os cuidados específicos a ter nos momentos em que se tem de retirar a máscara.
“O meu maior receio é fazer o primeiro teste negativo a toda a equipa já na China, porque acredito que, a partir desse momento, será muito difícil termos algum contacto com o vírus, devido à forma como vamos viver, numa bolha. Até lá temos de ter o máximo cuidado”, referiu Pedro Farromba, que tem tido notícia de “muitas pessoas que, testando negativo no seu país de origem, testaram positivo na chegada à China” e já não podem estar presentes nos Jogos Olímpicos.
Em Turim2006 e Vancouver2010, o único representante português nos Jogos Olímpicos de Inverno, Danny Silva, de Almeirim, competiu em esqui de fundo, nos 15 km estilo livre.
Em Sochi2014, competiram Camille Dias e Arthur Hanse, ambos em esqui alpino, e em Pyeongchang2018 Arthur Hanse, em esqui alpino, e Ke Quyen Lam, no esqui de fundo.