Portugal perde com Hungria e complica hipóteses de apuramento no Euro2022 de andebol
A seleção portuguesa de andebol perdeu domingo por 31-30 com a Hungria, em Budapeste, com um golo sofrido nos últimos segundos, e comprometeu a passagem à fase seguinte do Euro2022, no qual deixou de depender apenas de si.
Sem qualquer ponto em dois jogos do grupo B, a seleção das 'quinas' fica a torcer que a Islândia vença os jogos todos, a começar com o de hoje com os Países Baixos, para poder ainda sonhar com a questão do apuramento na última ronda.
A seleção portuguesa entrou bem, com um parcial de três golos consecutivos e o guarda-redes Gustavo Capdeville em destaque, e a resposta dos húngaros só surgiu por Dominik Mathe (3-1), aos cinco minutos, na conversão de um livre de sete metros.
Algo nervosa e pouco esclarecida, a Hungria reagiu à boa entrada dos portugueses e tirou partido de uns minutos de desacerto ofensivo para, depois de igualdades aos 5-5 e 6-6, passar para a frente do marcador, pela primeira vez, aos 7-6.
Nos dois minutos seguintes, apesar de em superioridade numérica, Portugal sentiu algumas dificuldades em concretizar em golo as oportunidades criadas e disso tirou partido a seleção anfitriã para abrir para uma vantagem de dois golos aos 8-6.
Paulo Jorge Pereira recorreu a praticamente todos os jogadores que dispunha para garantir sustentabilidade ao jogo luso e conseguiu anular a diferença e empatar aos 12-12, com golos de Fábio Magalhães, Leonel Fernandes (3), Miguel Alves e Gilberto Duarte.
Nos minutos finais da primeira parte, e depois de Miguel Martins ter empatado novamente a 13-13, a seleção portuguesa passou para a frente com golos de António Areia, de sete metros, e Rui Silva, o que permitiu chegar em vantagem ao intervalo (15-14).
No início da segunda parte, sobressaiu na baliza magiar, com três defesas consecutivas, o ex-portista Marton Szekely e a seleção anfitriã passou para a frente do marcador, aos 16-15.
A seleção lusa empatou sucessivamente dos 16-16 aos 21-21, anulando a vantagem mínima da Hungria, que abriu para uma diferença de dois, aos 23-21, numa altura em que Paulo Jorge Pereira recorreu ao esquema sete contra seis, e de três, aos 27-24.
António Areia, eficaz na concretização de livres de sete metros, e Rui Silva reduziram por duas vezes para dois golos, aos 27-25 e 28-26, Gilberto Duarte para um, aos 28-27, e Victor Iturriza empatou aos 28-28, relançando a partida para os minutos finais.
O guarda-redes Gustavo Capdeville surgiu na melhor altura para defender um livre de sete metros, a pouco mais de três minutos do final do encontro, mas já depois de Daymaro Salina ter empatado aos 30-30, Dominik Mathe fez o 31-30 e sentenciou o jogo.
Dominik Mathe, com oito golos, foi o melhor marcador do encontro, enquanto na seleção portuguesa estiveram em destaque na concretização Miguel Martins, Rui Silva e António Areia, todos com cinco.
Jogo na Arena de Budapeste.
Portugal -- Hungria, 30-31.
Ao intervalo: 15-14.
Sob a arbitragem da dupla Vaclav Horacek e Jiri Novotny (República Checa) as equipas alinharam e marcaram com os seguintes jogadores:
- Portugal: Gustavo Capdeville, Diogo Branquinho, Alexandre Cavalcanti (1), Daymaro Salina (3), Victor Iturriza (3), Fábio Magalhães (1) e António Areia (5). Jogaram ainda Miguel Martins (5), Tiago Rocha, Rui Silva (5), Gilberto Duarte (2), Miguel Alves (1), Leonel Fernandes (4), Salvador Salvador e Manuel Gaspar (gr).
Treinador: Paulo Jorge Pereira.
- Hungria: Roland Mikler, Petar Topic (3), Bendegúz Boka (3), Dominik Mathe (8), Pedro Rodriguez Alvarez (2), Zoltan Szita (4) e Mate Lekai. Jogaram ainda Adrián Sipos, Márton Ligetvari, Mártons Székely, Miklós Rosta (1), Bence Bánhidi, Bendegúz Bujdoso, Gábor Ancsin (2), Richard Bodo (1), Mate Lekai (6) e Egon Hanusz (1).
Treinador: István Gulyás.
Assistência: 20.022 espetadores.