10 de Junho celebrado em Lisboa com os devidos cuidados

por RTP

O Presidente da República afirmou que o Dia de Portugal vai ser analisado, mas sem as cerimónias previstas na Madeira e na África do Sul. Marcelo explicou que a decisão se deve à enorme movimentação de militares e responsáveis das cerimónias, preparação que deveria começar brevemente.

Não haverá a celebração prevista na Madeira e na África do Sul, por uma razão muito simples. A decisão tinha de ser tomada agora porque a organização tinha de arrancar e implicaria a movimentação de centenas de militares e de civis para a Madeira, e a presença de milhares de nossos compatriotas madeirenses"”, esclareceu o Presidente da República depois de realizar uma videoconferência com o bastonário da Ordem dos Médicos.

Já a “África do Sul está neste momento a viver um regime muito restritivo até ao final de abril”.

“Pareceu prudente fazer o que tem sido feito por todos os países em situações de aglomerações. Portanto, haverá a celebração do 10 de junho em Lisboa, mas com os cuidados impostos pelas circunstâncias", acrescentou.

O Presidente da Repúblia frisou, no entanto, que "haverá a celebração do 10 de Junho" neste ano, porque "Portugal continua".

"Portanto, haverá a celebração do 10 de Junho em Lisboa, mas com os cuidados impostos pelas circunstâncias. Espero que possa haver o 10 de Junho na Madeira e na África do Sul no ano que vem", acrescentou Marcelo Rebelo de Sousa.

Este ano "há 10 de Junho celebrado com o bom senso próprio do fim de uma crise", o que "não é sensato é estar a esta distância a pôr em marcha uma organização que a todos os títulos não joga com o processo que estamos a viver" de uma pandemia mundial, reforçou.
Reavaliação do estado de emergência

Sobre uma eventual renovação do estado de emergência, até dia 16 de abril, o Presidente da República recordou que será realizada nova reunião de “responsáveis políticos com os especialistas, epidemiologistas” e que será ponderado também em “diálogo” entre Marcelo Rebelo de Sousa e António Costa e o Parlamento.

Além da decisão sobre “renovar o estado de emergência”, estará ainda em cima da mesa, segundo o Chefe de Estado, “acrescentar mais um ponto ou outro ou não”.

“Toda a análise que sustentará a decisão será feita tendo por base os resultados conhecidos até ao começo da próxima semana”.
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