Administração Regional de Saúde de Lisboa pede desculpa aos utentes da capital

por Lusa

A Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT) pediu hoje desculpa aos utentes de Lisboa que viram adiados os agendamentos de vacinação contra a covid-19, indicando que "não serão mais de 2.500 pessoas".

"Pedimos desculpa. De vez em quando, este é um processo complexo, difícil, envolve milhares e milhares, centenas de milhares de pessoas, tem agendamentos centrais, tem agendamentos locais, enfim, nem sempre as coisas poderão correr bem, pedimos desculpa por isso", afirmou o presidente da ARSLVT, Luís Pisco, referindo-se ao adiamento de agendamentos devido ao encerramento de três centros de vacinação em Lisboa.

No âmbito de uma visita ao novo centro de vacinação no pavilhão 4 da Feira Internacional de Lisboa (FIL), no Parque das Nações, que abre portas na quarta-feira, acompanhado do presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas (PSD), o responsável da ARSLVT assegurou que "não há qualquer dificuldade em vacinar essas pessoas nos próximos dias" e realçou que o novo espaço "tem o dobro da capacidade que estava instalada em Lisboa", permitindo aumentar de 3.000 pessoas vacinadas por dia para 6.000 ou ir até às 9.000.

"Pedia às pessoas que estivessem atentas nos próximos dias, porque vão receber `sms` a confirmar - não precisam de responder - o seu agendamento e a hora para este local", indicou Luís Pisco.

Relativamente ao impacto do encerramento dos três centros de vacinação, designadamente Picadeiro (Príncipe Real), Serviços Sociais da Câmara Municipal de Lisboa (Areeiro) e Pavilhão 3 do Estádio Universitário de Lisboa, o presidente da ARSLVT assegurou que vai ser possível recuperar os atrasos na vacinação "rapidamente", tendo em conta o aumento da capacidade, e a situação "não vai afetar minimamente os objetivos para atingir em dezembro".

Mesmo antes da visita ao novo centro de vacinação na FIL, vários utentes apareceram com `sms` de agendamento de vacinação para o dia de hoje, mas o espaço só começa a funcionar a partir de quarta-feira.

António Abreu, de 66 anos, foi um dos utentes que se deslocou em vão, pensou que o centro de vacinação já estava a funcionar e, como recebeu um `sms` com agendamento para hoje, 30 de novembro, ao qual disse que `sim`, nem o novo `sms` recebido de reagendamento para dia 09 de dezembro, ao qual não respondeu, o demoveu de comparecer na data que tinha confirmado.

"Tinha agendado para hoje, marcaram para hoje às quatro da tarde [...]. Pensava que estivesse aberto para fazer, agora tenho de vir cá outro dia de propósito", disse à Lusa o utente, que é reformado, pelo que o constrangimento "não lhe faz muita diferença, mas é sempre chato".

Quando levou a primeira e a segunda dose da vacina contra a covid-19, num centro de vacinação na zona da Graça, em Lisboa, "não demorou quase tempo nenhum, foi porreiro, agora já está muito complicado, está complicado não venho mais, é muito simples", contestou o utente, referindo que a deslocação até à FIL, no Parque das Nações, também não facilita o processo: "vim de metro, que nunca andei de metro, nem sei andar de metro".

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