Afluência às urnas dos franceses em Portugal é de 27%

por Lusa

A votação na segunda volta das eleições legislativas francesas registou uma taxa de participação de cerca de 27%, até ao meio-dia de hoje, próximo do mesmo nível da primeira volta, adiantou fonte da embaixada à Lusa.

De acordo com Thomas Bertin, encarregado de negócios da embaixada francesa em Lisboa, votaram, até às 12:00, aproximadamente 27% dos cerca de 16 mil eleitores franceses recenseados em Portugal.

"Em comparação com a primeira volta das eleições legislativas a participação é mais ou menos o mesmo nível", disse em declarações à Lusa, estimando que até ao fecho das urnas se fixe em "menos de 30%".

Hoje decorre a votação presencial para a segunda volta nas legislativas francesas nas cinco mesas de voto que existem em Portugal: três em Lisboa, uma no Porto e uma em Faro.

"O nível de participação foi mais elevado para as eleições presidenciais do mês de abril. Agora para as eleições legislativas é menos elevado", apontou o responsável da embaixada, salientando que a taxa foi de 40% nas presidenciais.

Para Thomas Bertin, a diferença resulta também do facto de nas legislativas o voto eletrónico ser permitido.

"Durante as eleições presidenciais do mês de abril tivemos uma afluência muito importante, porque o voto eletrónico não é permitido para as eleições presidenciais. Agora para as legislativas é permitido, por isso temos muito menos eleitores que vão votar presencialmente", salientou.

Portugal, juntamente com Espanha, Mónaco e Andorra pertence ao quinto círculo eleitoral para franceses no estrangeiro, num total de 11, que elegem 11 deputados.

Na votação na primeira volta, a taxa de participação por voto eletrónico em Portugal foi de "bom nível", com 35% dos eleitores elegíveis a optarem por votar desta forma, indicou na altura a embaixada à Lusa.

Os eleitores franceses deslocam-se hoje às urnas para votar na segunda volta das eleições legislativas, com a possibilidade de imporem uma coabitação ao Presidente da República, Emmanuel Macron, algo que não acontece desde 2002.

Depois de, na primeira volta das eleições presidenciais francesas, a coligação de esquerda Nova União Popular Ecológica e Social (NUPES) e a coligação presidencial Juntos! (Ensemble!, em francês) terem ficado separadas por cerca de 20 mil votos, Macron tem repetido os apelos a um "sobressalto republicano" nesta segunda volta.

Até às 12:00 locais (11:00 em Portugal), tinham votado 18,99% dos eleitores franceses, um aumento relativamente a 2017, quando 17,75% tinham-se deslocado às urnas até à mesma hora.

Na primeira volta das legislativas, no último domingo, bateram-se recordes históricos de abstenção - 52,49% dos eleitores não votaram.

pub