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Agência do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra estuda violência sobre idosos

por Lusa

Coimbra, 27 abr (Lusa) - A Agência para a Prevenção do Trauma e da Violação dos Direitos Humanos do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) anunciou hoje que está a estudar várias problemáticas, entre elas a violência sobre idosos e nas escolas.

"Falamos muito em Portugal sobre violência sobre menores e mulheres, mas falamos ainda muito pouco sobre a violência sobre idosos, quando estes começam a ser a maior faixa da população do país", disse Duarte Nuno Vieira, presidente do conselho científico da agência.

Segundo o diretor da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra, "investe-se muito na prevenção da violência sobre menores e sobre mulheres, mas investe-se muito pouco neste domínio da violência sobre os idosos".

Outra das prioridades da agência, de acordo com Duarte Nuno Vieira, passa pelo estudo da violência em centros de privação da liberdade, "onde alguém esteja detido contra a sua vontade", quer sejam centros educativos e tutelares de menores, de internamento compulsivo ou de acolhimento de imigrantes.

A Agência para a Prevenção do Trauma e da Violação dos Direitos Humanos, criada em 2014, constituiu ainda grupos de trabalho para analisar a violência no namoro e em contexto de serviços de saúde, com o objetivo, em todas as áreas trabalhadas, de propor medidas preventivas.

Duarte Nuno Vieira revelou ainda que está a ser preparado um curso de pós-graduação em violência, em colaboração com várias faculdades da Universidade de Coimbra, para proporcionar formação aos profissionais e cidadãos que se queiram envolver nestas áreas.

O psiquiatra João Redondo, coordenador executivo da estrutura, anunciou ainda que estas cinco áreas de intervenção vão ser discutidas na sexta-feira, no segundo encontro sobre "Trauma, medo e violência. Direitos Humanos, hoje!", que vai decorrer no auditório da Fundação Bissaya Barreto, em Coimbra.

A iniciativa conta com a participação dos presidente da Ordem dos Médicos, Miguel Guimarães, e da Associação Portuguesa de Apoio à Vítima, João Lázaro, do diretor-geral de Reinserção e Serviços Prisionais, Celso Manata, e da antiga ministra da saúde Maria de Belém Roseira, entre outros intervenientes.

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