Albuquerque confirma voto contra dos deputados do PSD eleitos pela Madeira

por Lusa

Os deputados do PSD/Madeira na Assembleia da República vão votar contra a proposta do Orçamento do Estado para 2023 (OE2023), confirmou hoje o líder dos sociais-democratas madeirenses, Miguel Albuquerque.

O líder do PSD/Madeira chegou a admitir a possibilidade de os deputados madeirenses votarem a favor do OE2023 caso as suas propostas fossem aprovadas, mas hoje Miguel Albuquerque assegurou o voto contra.

"Nós vamos votar contra porque a grande parte das pretensões da Madeira não foram atendidas", afirmou, em declarações aos jornalistas à margem de uma visita a uma unidade hoteleira, no Funchal.

O também presidente do Governo Regional defendeu que "o que se passa, por exemplo, com a Universidade da Madeira é incompreensível", lamentando que não tenha sido aprovada a majoração das verbas a transferir pelo Estado para aquele estabelecimento de ensino, "conforme havia o compromisso do Governo".

"Aprovaram para a Universidade dos Açores, mas não aprovaram para a Madeira. É incompreensível", criticou.

Miguel Albuquerque criticou também o facto de o PS ter chumbado na especialidade uma proposta de alteração do PSD, no âmbito do subsídio de mobilidade, que visava permitir que os madeirenses pagassem 86 euros na compra das viagens aéreas para o continente, em vez de assumirem a totalidade da viagem e serem reembolsados posteriormente.

"Acho que é uma situação que é inaceitável do ponto de vista da assunção das responsabilidades do Estado. Vamos ter de continuar a adiantar dinheiro para poder circular dentro do país. Portanto, essa é também uma situação que não se compreende", afirmou.

O presidente do PSD insular disse ainda que os "madeirenses têm agora oportunidade de emitir um juízo de valor relativamente a quem é que apoia a Madeira e quem está do lado dos direitos de cidadania dos madeirense e dos porto-santenses e quem está contra".

A votação final global do OE2023 está agendada para sexta-feira.

A proposta do Governo foi aprovada na generalidade em 27 de outubro com o voto favorável apenas do PS (que tem maioria absoluta), a abstenção dos deputados únicos do PAN e do Livre, e votos contra dos restantes partidos.

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