Alerta laranja para risco de incêndios até sábado

por Cristina Sambado - RTP
Rafael Marchante - Reuters

Portugal volta a estar com risco elevado de incêndios. Há alerta laranja para todo o país até à noite de sábado e foram reforçados os meios de combate e prevenção. O verão está de regresso entre quinta e sexta-feira, com temperaturas acima dos 30 graus.

“Até às 20h00 do próximo sábado, todos os distritos do país irão passar a estar em alerta laranja, que já por si determina um aumento na prontidão da capacidade de resposta de todos os agentes que integram, digamos, o dispositivo de combate aos incêndios florestais”, afirmou à RTP Patrícia Gaspar, adjunta de operações da Proteção Civil.

A Autoridade Nacional da Proteção Civil alerta que, caso venham a ocorrer fogos, podem evoluir com grande rapidez de propagação. Mas garante que vão estar mais meios no terreno, nos próximos dias.

“Temos um dispositivo que nesta fase está composto por cerca de 6.600 operacionais e 35 meios aéreos em prontidão para responder a todas as situações que possam vir a surgir neste quadro”, explicou Patrícia Gaspar.

“Temos vários meios preposicionados ao nível dos distritos para responder de forma mais musculada, quer a ocorrências nestes mesmos distritos, quer em ocorrências que se venham a registar noutros distritos, onde os meios localmente possam necessitar de um reforço”, acrescentou.
Verão por mais uma semana
O Instituto Português do Mar e da Atmosfera prevê que o calor persiste, pelo menos, durante mais uma semana. A humidade do ar deverá ser inferior a 30 por cento durante a tarde em grande parte do território, em particular nas regiões do interior.

“Para esta época do ano, o tempo vai extra-quente, 35º previstos na sexta-feira em Santarém. O vento vai voltar a aumentar de intensidade do quadrante leste. Temos de ter em consideração que o verão foi muitos seco, muito longo e que tudo está muito seco ainda. Apesar de as noites já serem mais frescas e mais húmidas, ainda não choveu nada de significativo”, afirmou à RTP a meteorologista Paula Leitão.

Para a meteorologista, a falta de chuva, aliada às temperaturas elevadas para esta época do ano e ao vento do quadrante leste muito intenso, seria normalmente “um período até bastante agradável, um outono quente”.

No entanto, Paula Leitão recorda que estas condições têm “muita influência na propagação dos incêndios. E uma vez iniciado um incêndio vai ser difícil de o apagar, porque está tudo muito seco e com o vento a ajudar os incêndios alastram muito rapidamente”.

“Temos a experiência muito negativa dos fogos florestais e do que isso pode causar”, frisou. 
Dois concelhos de Faro em risco máximo
Os concelhos de Tavira e São Brás de Alportel, no distrito de Faro, apresentam esta quinta-feira risco máximo de incêndio, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).

Fonte: IPMA

Em risco muito elevado de incêndio estão os concelhos de Aljezur, Monchique, Silves, Loulé, Alcoutim e Castro Marim (Faro), Odemira e Almodôvar (Beja), Marvão, Nisa e Gavião (Portalegre) e Mação (Santarém).

Também os concelhos de Vila Velha de Ródão e Penamacor (Castelo Branco), Sabugal, Pinhel, Figueira de Castelo Rodrigo, Trancoso, Mêda, Vila Nova de Foz Coa, (Guarda), Sernancelhe (Viseu), Freixo de Espada à Cinta (Bragança) e Arouca (Aveiro) estão em risco muito elevado de incêndio.

O risco de incêndio determinado pelo IPMA engloba cinco níveis, que podem variar entre o “reduzido” e o “máximo”.
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