A Associação ambientalista ZERO diz que houve manipulação dos dados dos resíduos urbanos referentes a 2016. A associação defende que o Ministério do Ambiente contabilizou mais cerca de 270 mil toneladas do que as indicadas pelos sistemas de gestão de resíduos urbanos.
Para a ZERO, “trata-se de uma manipulação grosseira dos dados para a reciclagem que visa aumentar artificialmente a taxa de reciclagem com base numa realidade fictícia que infelizmente está muito desfasada da realidade que se encontra no terreno”.
A associação diz que o Ministério do Ambiente “obteve o melhor dos dois mundos: recebeu a receita da TGR [Taxa de Gestão de Resíduos] por resíduos colocados em aterro ou encaminhados para incineração, a qual rondará os 1,7 milhões de euros, e, em simultâneo, contabilizou os mesmos resíduos como reciclados para poder apresentar um melhor desempenho ambiental”, diz o comunicado enviado à comunicação social.
A situação é “uma tentativa de esconder dos cidadãos e da União Europeia o mais que evidente colapso das políticas públicas de resíduos sólidos urbanos”, diz a ZERO, solicitando ao Ministério a imediata correção dos dados de 2016.