André Geraldes em liberdade após pagamento de caução de 60 mil euros
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O diretor para o futebol do Sporting ficou em liberdade mediante o pagamento de uma caução no valor de 60 mil euros. Os quatro arguidos da operação CashBall que foram presentes a tribunal saíram em liberdade mas ficam suspensos de funções e proibidos de contactos entre si. Em causa está a investigação sobre viciação de resultados no andebol e no futebol. O Ministério Público confirmou entretanto à RTP a existência de mais três arguidos no processo.
André Geraldes, braço direito de Bruno de Carvalho, que ocupou o lugar de diretor para o futebol do clube leonino, ficou em liberdade com o pagamento de uma caução de 60 mil euros.
À saída do Tribunal de Instrução Criminal do Porto, André Geraldes, antigo responsável pelas modalidades do Sporting e atual “team manager”, manteve-se em silêncio. O advogado de defesa apenas confirmou as medidas de coação aplicadas.
Paulo Silva, o intermediário que está a colaborar com a justiça desde março, está igualmente proibido de contactos com a comunicação social.
O empresário foi o único que falou durante as seis horas de interrogatório, tendo confessado que corrompeu ou tentou corromper árbitros e jogadores adversários em dez jogos de andebol e oito de futebol.
Para além de André Geraldes e Paulo Silva, foram ainda detidos João Gonçalves e Gonçalo Rodrigues, também eles funcionários do clube.
Em entrevista ao jornal Correio da Manhã, publicada na última terça-feira, o intermediário Paulo Silva confessava ter participado num esquema de corrupção, tendo subornado árbitros para favorecer a equipa de andebol do Sporting durante a época 2016/2017.
O Ministério Público viria depois a confirmar que o caso estava a ser investigado. No dia seguinte, após as buscas na Polícia Judiciária, confirmou-se que o alegado esquema chega também à esfera do futebol.
As autoridades confirmam que está em curso a investigação de vários jogos da I Liga de futebol, em que terá havido tentativa de favorecer o Sporting.
A operação CashBall decorre numa semana de grande agitação para o clube de Alvalade. Para além da investigação que decorre na justiça, está instalada a crise na própria cúpula do poder, com os vários pedidos de demissão do presidente Bruno de Carvalho após as agressões aos jogadores e equipa técnica de futebol na Academia de Alcochete.