Anestesistas do Hospital Amadora-Sintra iniciam greve de cinco dias

por RTP
Os médicos chamam a atenção para a falta de recursos humanos e o excesso de trabalho, sem que haja resposta ou solução por parte do Ministério da Saúde ou do próprio hospital Reuters

Os médicos anestesistas do Hospital Amadora-Sintra iniciaram esta segunda-feira, às 8h00, uma greve de cinco dias para exigir a contratação de mais especialistas e condições de segurança clínica.

A greve foi convocada pelo Sindicato Independente dos Médicos e Sindicato dos Médicos da Zona Sul e termina às 20h00 de sexta-feira. Para esta greve estão assegurados os serviços mínimos.  
 
Os anestesistas exigem que a equipa de urgência tenha quatro especialistas de forma a garantir a segurança clínica em diversas áreas, desde bloco operatório, bloco de partos, unidade de cuidados pós-anestésicos, reanimação intra-hospitalar e outras atividades.  

Os médicos chamam a atenção para a falta de recursos humanos e o excesso de trabalho, sem que haja resposta ou solução por parte do Ministério da Saúde ou do próprio hospital.
Em declarações à RTP, Jorge Roque da Cunha, do Sindicato Independente dos Médicos, destaca que são necessários mais especialistas e que é essencial dar mais garantias a quem já desempenha essas funções. 

Em comunicado, citado pela agência Lusa, os dois sindicatos destacam que as escalas de urgência abaixo dos mínimos põem em causa a segurança dos doentes e dos profissionais, tendo os médicos denunciado esta situação por respeito aos seus doentes.
 
"A grande maioria dos anestesiologistas já ultrapassou ou está quase a ultrapassar os limites máximos de trabalho suplementar anual de 150 horas. Os médicos fazem e continuam a fazer milhares de horas extra por ano para os serviços não fecharem", alertam.
 
Os anestesistas do Amadora-Sintra queixam-se ainda de "sobreposição de tarefas" que os colocam "sob incomportável pressão".

c/ Lusa
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